BRANDS' ECO Internacionalização e inovação são pilares para o crescimento das PME em Portugal

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  • 8 Maio 2025

O terceiro episódio do podcast Heróis PME, uma iniciativa da Yunit Consulting com o apoio do ECO, debateu o tema da internacionalização e os seus desafios.

Em Portugal, as Pequenas e Médias Empresas (PME) representam 99% do tecido empresarial, mas apenas 15% exportam regularmente. Num mundo cada vez mais globalizado e com transformações tecnológicas constantes, a inovação e a internacionalização tornaram-se elementos cruciais para o sucesso e crescimento destas empresas. No entanto, e como sublinha Andreia Jotta, o processo de internacionalização é complexo e exige mais do que apenas a vontade de expandir para novos mercados. “Ganhar a confiança dos parceiros e dos clientes internacionais exige, na minha perspetiva, quatro coisas fundamentais: uma estratégia bem delineada, tempo, conhecimento e capacidade de investimento robusta”.

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A diretora de desenvolvimento de negócio na Yunit Consulting, que participou no terceiro episódio do podcast Heróis PME, acrescenta ainda que muitas empresas não planeiam este percurso de forma estruturada, o que pode comprometer o sucesso da internacionalização. É por isso que, na sua opinião, é essencial que estas organizações identifiquem uma proposta de valor diferenciadora e que estudem os mercados-alvo antes de avançar para o exterior. “Muitas empresas têm aquela sensação, por exemplo, de que exportar para os PALOP ou para o Brasil é mais fácil, mas acredito e sei que não é”. Além de todos estes constrangimentos, a capitalização e o financiamento são igualmente desafios constantes para as empresas que ambicionam internacionalizar-se.

Foco, adaptação e impacto local

A Innovation Makers, representada nesta conversa pelos seus partners Francisco Chaves e Ricardo Portela, é um exemplo de sucesso neste processo, tendo sido vencedora na categoria Internacionalização do Prémio Heróis PME em 2024. Ao contrário do percurso mais comum, a empresa iniciou a sua atividade com o primeiro cliente fora de Portugal, o que lhe permitiu sedimentar posteriormente a presença em diversos mercados.

Ricardo Portela detalha a evolução da empresa: “Atualmente, a Innovation Makers é uma empresa de tecnologia que trabalha maioritariamente para a área financeira, bancos, empresas que processam pagamentos, e utilities, e muito focada em produto”. A empresa aposta em produtos digitais e soluções de backoffice, como gestão de pagamentos e de cartões, adaptando-se às necessidades dos clientes e garantindo flexibilidade e escalabilidade.

Um dos pontos-chave do sucesso da Innovation Makers é, segundo os partners, a capacidade de adaptação e a preocupação com o impacto local nos mercados onde se instala. Francisco Chaves sublinha a importância de as empresas “não irem apenas com o espírito mercantilista e de deixar algum valor nos locais onde fazem negócios”. Neste caso, a empresa que fundou investe, em Angola, na formação de equipas locais e na democratização dos serviços bancários, contribuindo para o desenvolvimento das comunidades. Este foco no equilíbrio e na criação de valor partilhado é reconhecido pelos clientes, que valorizam o compromisso da Innovation Makers com o desenvolvimento local.

Liderança e mindset na internacionalização

Ken Gielen, responsável da marca ActionCOACH Portugal, recorda a importância da liderança e do mindset na internacionalização. “Internacionalizar significa deixar o footprint, a marca, toda a goodwill, e tudo aquilo que envolve a internacionalização”. Para o especialista, a adaptação é fundamental: “O mindset do líder é ser inovador, é de adaptar”. O Business Coach defende igualmente que a inovação e a internacionalização exigem uma liderança que inspire e que promova a mudança. “A necessidade faz o engenho”, afirma, recordando como a pandemia de 2020 impulsionou a inovação e a adaptação das empresas.

Esta adaptação é resultado da aprendizagem com os erros ou, como prefere chamar-lhe Ken Gielen, “oportunidades” de melhoria. No processo de internacionalização, a falta de foco, a ausência de uma estratégia clara, e a relutância em procurar ajuda são alguns dos obstáculos identificados. É preciso não esquecer, sublinha o responsável da ActionCOACH, que “sozinho posso correr depressa, mas em equipa, ou em conjunto com outros, posso ir mais longe”.

Os partners da Innovation Makers reconhecem que a falta de foco inicial foi um dos seus maiores desafios. “Tentámos escalar depressa demais, e isso levou a situações em que acabámos por investir tempo e recursos em oportunidades que, na verdade, não deram frutos”. A empresa aprendeu a importância de definir prioridades e de alinhar as oportunidades com a estratégia e o core business.

Em jeito de conclusão, os participantes nesta conversa não têm dúvidas de que para que mais PME portuguesas tenham sucesso na internacionalização, é fundamental criar um ambiente que minimize o risco associado a este processo. A capacitação das equipas, a aposta na digitalização e na inovação, e a definição de uma estratégia alinhada com os objetivos da empresa, são passos essenciais.

Além disso, relativamente ao financiamento, que é, muitas vezes, um entrave a dar este passo para fora, Andreia Jotta recorda que existem apoios disponíveis para as PME, nomeadamente os fundos europeus do Portugal 2030 e os incentivos à exportação. “Dentro do Portugal 2030 e do sistema de incentivos à competitividade empresarial, existe um fundo muito vocacionado para a exportação e não tanto a internacionalização”, destaca. Este fundo, que deverá reabrir no final de setembro, oferece incentivos até 315 mil euros, com 40% a fundo perdido. A juntar a estes apoios financeiros, a responsável da Yunit Consulting recorda o papel importante de instituições como a AICEP e a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa na prestação de apoio estratégico às empresas no processo de internacionalização.

Os participantes do debate deixaram ainda alguns conselhos às PME que pretendem internacionalizar-se. Ricardo Portela enfatiza a importância do foco na estratégia e no mercado-alvo. Ken Gielen defende que “pedir ajuda é um ponto forte” e que a colaboração é fundamental para o sucesso. Francisco Chaves sublinha a necessidade de ter capacidade financeira e de planear a internacionalização a longo prazo. Já Andreia Jotta aconselha as empresas a construirem uma base sólida no mercado interno, a terem paciência e resiliência, e a não perderem o foco na inovação porque a internacionalização é um caminho desafiante, mas com o planeamento adequado, apoio estratégico e financeiro, e uma mentalidade de adaptação e inovação, as PME portuguesas podem conquistar novos mercados e impulsionar o seu crescimento.

Veja, abaixo, o episódio completo:

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