REN quadruplica lucro para 14,4 milhões de euros no primeiro trimestre

Elétrica liderada por Rodrigo Costa justificou a subida com "impostos mais baixos refletindo efeitos não recorrentes (-7,5 milhões de euros) e recuperação de impostos de anos anteriores".

A REN – Redes Energéticas Nacionais quadruplicou o lucro para 14,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, em comparação com os 3,7 milhões de euros registados em igual período do ano passado. O resultado líquido da elétrica subiu 290,7% de um ano para o outro.

A empresa liderada por Rodrigo Costa justificou a subida no resultado líquido com “impostos mais baixos, refletindo essencialmente efeitos não recorrentes (-7,5 milhões de euros) e recuperação de impostos de anos anteriores (-1,8 milhões de euros)”.

Neste relatório trimestral, a REN faz uma referência à falha geral do sistema de eletricidade a 28 de abril, apesar de ter acontecido durante o segundo trimestre. “As causas ainda estão sob investigação, mas tudo indica que tenha tido origem no sistema elétrico espanhol. O sistema foi recuperado em menos de 12 horas”, assinala a energética sobre o apagão ibérico.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fixou-se nos 128,9 milhões de euros, em linha com do mesmo trimestre de 2024. No lucro operacional, destaca-se a redução do desempenho doméstico (menos 700 mil euros) impulsionado pelo aumento dos custos de operação (opex) de 2,3 milhões de euros, apesar de aumento de 200 mil euros noutras receitas e ativos, bem como despesas com remuneração (mais 1,3 milhões de euros). Destaque ainda para a contribuição dos negócios internacionais, que aumentaram 700 mil euros, em termos homólogos.

O investimento (capex) foi de 69,1 milhões de euros, o que representa uma subida de 44,4%, em relação ao primeiro trimestre de 2024. “Impactos positivos dos setores domésticos de transmissão de eletricidade e gás natural, bem como do segmento internacional”, lê-se na apresentação financeira divulgada esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A dívida líquida, excluindo desvios tarifários, teve uma redução de 5,1% entre janeiro e março, para os 2.240 milhões de euros, apesar de um ligeiro aumento do custo médio da dívida para 2,78% dos anteriores 2,77%.

Renováveis baixam para 80%

As fontes de energia renováveis atingiram 80,5% da oferta total da REN. É uma queda significa em relação aos 88,6% registados nos primeiros três meses de 2024, de acordo com o documento publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Quanto ao consumo de eletricidade no sistema nacional, aumentou 2,7% em termos homólogos, para 14,1 Terawatts-hora (Twh), enquanto o de gás natural diminuiu para 11,57 Twh.

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