Exportações sobem apenas 0,5% em março. Défice comercial aumenta para 2.442 milhões
Por outro lado, as importações cresceram 8,4% em termos homólogos, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados esta sexta-feira.
As exportações aumentaram apenas 0,5% em março, significativamente abaixo dos 12% registados em fevereiro, informou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Por outro lado, as importações cresceram 8,4%, em relação ao mesmo mês de 2024.
Apesar de a guerra comercial com os Estados Unidos se ter agudizado no início de abril, quando Donald Trump anunciou taxas aduaneiras para “todos os países do mundo”, em março já estavam em vigor as tarifas norte-americanas de 25% sobre as importações de aço e alumínio.
Assim, o défice da balança comercial voltou a aumentar, desta vez 682 milhões de euros, em termos homólogos, atingindo os 2442 milhões de euros, segundo as Estatísticas do Comércio Internacional publicadas esta manhã.
“Os índices de valor unitário (preços) registaram variações negativas em ambos os fluxos, contrariando o verificado no mês anterior, -1,4% nas exportações e -0,9% nas importações (+0,5% e +0,4%, respetivamente, em fevereiro de 2025; -2,9% e -3,2% em março de 2024)”, lê-se no relatório do INE referente ao terceiro mês do ano.
Na comparação em cadeia, com o mês anterior, as exportações também diminuíram (-6,3%) em março. Sem surpresas, houve uma redução dos negócios com o outro lado do Atlântico. Destacam-se os decréscimos nas exportações para os Estados Unidos (-8,6%), maioritariamente produtos químicos, mas sobretudo para a Bélgica (-32,3%). As empresas optaram por exportar mais para a Espanha (+12,8%).
Observando as categorias de produtos, denota-se um aumento das exportações das máquinas e aparelhos (+8,5%) e dos produtos alimentares (+2,7%), principalmente o país vizinho nos dois casos.
Quando excluídas as transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda (sem transferência de propriedade), as exportações registariam um acréscimo ligeiramente superior (+1,8%) comparativamente a março de 2024.
No que diz respeito às importações, houve uma queda de 0,4% em comparação com fevereiro. Em termos de produtos, sobressaíram os fornecimentos industriais (+7,7%), bens de consumo (+14,4%) e de produtos alimentares (+13,1%).
As importações provenientes dos Estados Unidos aumentaram 115,8%. Logo depois, a Alemanha (+15%), com carros e outro material de transporte, e novamente Espanha (+9,2%), nomeadamente os combustíveis minerais e os metais comuns.
As principais empresas da Zona Euro já estão a suspender os seus investimentos devido à incerteza no comércio global, causada pelas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, confirmou o Banco Central Europeu (BCE). “Muitos prestadores de serviços às empresas (incluindo serviços de emprego, TI e consultoria) disseram que os clientes estão a adiar grandes projetos, tendo em conta a atual incerteza em relação, por exemplo, às tarifas“, adiantou o BCE, num inquérito publicado há duas semanas.
Notícia atualizada às 11h40
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