Mota-Engil quase duplica empréstimo obrigacionista para 95 milhões
A operação decorre até 20 de maio. A taxa de juro fixa bruta desta emissão, ligada à sustentabilidade, é de 4,5%.
A Mota-Engil decidiu quase duplicar o empréstimo obrigacionista, que tem em curso, de 50 milhões para 95 milhões de euros, segundo comunicado ao mercado esta quinta-feira. A construtora vai aumentar o “número máximo de obrigações” para “até 190.000 obrigações e, por conseguinte, aumentar o respetivo valor nominal global para até €95.000.000”, indica a nota publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A operação do grupo, liderado por Carlos Mota Santos, decorre até 20 de maio e inclui duas ofertas em simultâneo: uma oferta de subscrição de novos títulos; e também uma oferta de troca que visa refinanciar o anterior empréstimo obrigacionista realizado em 2021 e que vence em 2026.
A taxa de juro fixa bruta desta emissão, ligada à sustentabilidade, é de 4,5%. A oferta destina-se a particulares, mais precisamente pequenos investidores, sendo que o mínimo de investimento é de 2.500 euros.
Para quem já tem obrigações 2021-2026, as que são o alvo da oferta de troca, há um reforço da remuneração em 25 pontos base, o que pode convencer os obrigacionistas desse empréstimo. Além disso, por cada obrigação trocada, a Mota-Engil dá um prémio em numerário no valor de 1,25 euros – além de pagar os juros corridos até à data de emissão das novas obrigações.
Segundo explica a própria Mota-Engil, estas obrigações são ligadas à sustentabilidade pois a construtora compromete-se a atuar de forma a melhorar a percentagem de talento local em posições de gestão (indicador medido por um KPI). O objetivo passa por aumentar a proporção de talento local em posições de gestão para 76,8% face aos atuais 71,4% (final de 2024).
Caso a empresa não cumpra esta meta, terá de ‘compensar’ os obrigacionistas com uma remuneração de 1,5 euros por cada obrigação, um montante a ser pago na data de reembolso.
Com este financiamento, a Mota-Engil pretende obter fundos para dar continuidade à sua expansão internacional e alongar a maturidade da sua dívida “de modo a alinhá-la melhor com a geração de cash flow“, segundo explica. Por outro lado, a oferta de troca permitirá substituir parte da dívida que vence este ano e no próximo por dívida que só terá de ser reembolsada daqui a cinco anos.
A sessão especial de divulgação dos resultados desta emissão vai realizar-se no próximo dia 21 de maio e a data de liquidação física e financeira, assim como de admissão à negociação das obrigações na Euronext Lisbon – sujeito à decisão da dona da bolsa de Lisboa – ocorre dois dias depois, a 23 de maio de 2025. Logo, a partir de dia 20, não será possível aos investidores revogarem as ordens.
A coordenar a operação da Mota-Engil estão os bancos CaixaBI, Haitong, Novobanco e Millennium bcp.
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