Ligação aérea incluída nos acordos entre Maputo e Luanda

  • Lusa
  • 15:07

"O desenvolvimento económico passa por circulação de pessoas e bens”, realçou o presidente moçambicano Daniel Chapo, de visita a Luanda.

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, destacou a importância dos acordos assinados esta sexta-feira durante a sua visita a Luanda, nomeadamente o que vai permitir a ligação aérea entre Moçambique e Angola, essencial para acelerar o desenvolvimento económico.

Daniel Chapo falava à imprensa no Palácio Presidencial após um encontro com o seu homólogo angolano, João Lourenço, numa curta declaração que incidiu sobre a cooperação económica e estreitamento das relações bilaterais, expressando por diversas vezes o seu agradecimento ao apoio de Angola.

Antes das declarações dos dois chefes de Estado, representantes dos Governos de Angola e de Moçambique assinaram cinco instrumentos jurídicos para o reforço da cooperação nas áreas dos transportes, cultura, ação social e turismo.

“Achamos que é importante a assinatura desses acordos, porque vão permitir, por exemplo, a permanente ligação aérea entre Moçambique e Angola, entre Maputo e Luanda, a partir das nossas capitais ou mesmo de outras províncias, porque o desenvolvimento económico passa por circulação de pessoas e bens”, realçou Daniel Chapo.

Para o chefe de Estado moçambicano, a circulação de pessoas e bens entre Moçambique e Angola, “dois países irmãos”, irá “sem margem de dúvidas” acelerar o processo de desenvolvimento económico, o mesmo acontecendo com as áreas da cultura, do turismo e sociais. Daniel Chapo destacou a constituição de uma equipa técnica conjunta para avaliação dos acordos já existentes, do seu nível de implementação, e avaliação permanente dos acordos que hoje foram assinados.

“Uma visita extremamente positiva, com resultados concretos em termos de assinatura de instrumentos jurídicos”, resumiu, aproveitando a ocasião para reiterar o compromisso de continuar a trabalhar “como dois países irmãos” para a implementação efetiva destes acordos.

Que possam trazer resultados para os dois países e continuarmos a criar melhores condições de vida para os nossos dois povos (…), porque Moçambique é Angola, Angola é Moçambique. Somos dois povos irmãos e temos de continuar unidos, coesos e a trabalhar cada vez mais para desenvolvermos os nossos dois países”, concluiu Chapo.

A presidência moçambicana referiu, na véspera, que a visita do chefe de Estado a Angola “constitui uma oportunidade de reforço das relações bilaterais, de modo a conferir uma dinâmica mais proativa e identificar outras áreas de cooperação de interesse mútuo, com destaque para o domínio económico”. Além do encontro com o seu homólogo angolano, o programa de Daniel Chapo inclui uma visita à Zona Económica Especial Luanda-Bengo e um jantar em sua honra organizado pela Associação Angolana de Bancos.

Segundo a Câmara de Comércio e Indústria Angola-Moçambique (CCIAM), em 2024, as trocas comerciais entre os dois países atingiram o valor irrisório de cerca de 10 milhões de dólares (8,9 milhões de euros).

A presidente da CCIAM, Célia Cipriano, disse à Lusa que as empresas angolanas presentes em Moçambique atuam essencialmente nos setores do petróleo, energia, logística e agroindústria, sendo a presença das empresas moçambicanas em Angola “ainda um bocado modesta, mas está em crescimento”, especialmente à luz do reforço das relações bilaterais.

“Neste momento temos 38 acordos bilaterais, que são fundamentais para alavancar as duas partes, tanto Angola como Moçambique, isso facilita as empresas e o comércio bilateral”, destacou, considerando que a visita de Daniel Chapo a Luanda vai promover novas oportunidades e parcerias-chave em áreas como a agricultura, turismo, indústria e formação profissional.

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