Insurtech Mudey quer seguros de vida “acessíveis e adaptados às famílias portuguesas”

Ana Teixeira quer os seguros de Vida Risco a ir para além de apêndices aos créditos, o estudo promovido pela insurtech Mudey de que é CEO, aponta os caminhos para o tornar popular.

Um estudo agora revelado pela insurtech MUDEY dedicado ao Seguro de Vida Risco em Portugal, revelou lacunas no conhecimento dos portugueses. Frequentemente associado ao crédito à habitação, o Seguro de Vida “continua a ser pouco valorizado como instrumento de proteção financeira”, concluiu o estudo.

Para Ana Teixeira, cofundadora da Mudey, existe uma enorme oportunidade: “Tornar o Seguro de Vida mais compreendido, acessível e adaptado à realidade das famílias portuguesas”.

Realizado entre fevereiro e março de 2025, o inquérito mostra que apenas 58% dos inquiridos têm um Seguro de Vida, sendo que 53% admitem que o subscreveram apenas para cumprir com as exigências bancárias no acesso ao Crédito Habitação, sem ter em conta a sua utilidade como instrumento de proteção financeira do seu agregado familiar.

O estudo foi realizado com o objetivo de compreender o que impede ou motiva os consumidores a contratar um Seguro de Vida, e como torná-lo mais acessível, transparente e ajustado à realidade atual, principalmente no contexto de incerteza económica em que vivemos. Participaram 413 pessoas.

“Há muito espaço para crescer, principalmente se conseguirmos tornar a informação sobre seguros mais simples, acessível e transparente para todos. Quem está na linha da frente, como os distribuidores de seguros, têm um papel-chave neste desafio”, concluiu Ana Teixeira, cofundadora da Mudey, “este estudo mostra que existem não apenas desafios, mas uma enorme oportunidade para o setor: tornar o Seguro de Vida mais compreendido, acessível e adaptado à realidade das famílias portuguesas”.

20% admite desconhecer as coberturas do seu seguro de vida

Entre os principais dados identificados pelo estudo, destaca-se a baixa literacia financeira, com cerca de 20% dos participantes a admitirem desconhecer as coberturas incluídas no seu seguro, valor que sobe para 32% no caso de contratação através do canal bancário.

Por outro lado, 46% de quem não tem Seguro de Vida considera que este produto não é uma prioridade na sua vida pessoal. Isto demonstra que o valor acrescentado, trazido pelo Seguro de Vida, ainda não é totalmente percebido pelos consumidores.

O estudo evidencia também uma desconfiança significativa no setor segurador, traduzida numa preocupação recorrente quanto à efetividade e fiabilidade do pagamento de indemnizações em caso de necessidade.

Por fim, surge a necessidade clara de adaptação do Seguro de Vida à realidade atual do ciclo de vida dos portugueses, marcada por decisões como a compra de casa e a constituição de família em idades cada vez mais avançadas.

A adesão ao seguro revela ainda fortes disparidades socioeconómicas. Apenas 4 em cada 10 trabalhadores por conta própria têm este tipo de proteção, contra 7 em cada 10 entre trabalhadores por conta de outrém e empresários. Esta desigualdade é igualmente evidente quando se analisa o rendimento dos agregados familiares: a existência de um Seguro de Vida é significativamente inferior à média entre os que auferem menos de 2.000 euros por mês.

Para discutir os resultados e caminhos possíveis, será realizada uma mesa-redonda online no dia 28 de maio, às 10h, que reunirá três executivos no setor segurador: Ricardo Neves, Diretor de Parcerias da Zurich, Paulo Silva, Diretor Comercial da Prevoir e Mónica Nicolau, Diretora Comercial da April. A participação é gratuita, mediante inscrição no site da Mudey onde também poderá ser consultado o estudo.

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