Indra e Rheinmetall lideram as subidas bolsistas do setor de defesa na Europa
A subida na bolsa destas empresas foi acompanhada por um aumento das despesas com a defesa dos países europeus.
Após o aumento da tensão geopolítica a nível global nos últimos anos, as perspetivas futuras das empresas de defesa europeias melhoraram substancialmente. Um contexto que foi bem recebido pelo mercado, que recompensou com fortes valorizações as empresas do setor, com a Rheinmetall e a Indra a liderarem as subidas.
No caso da alemã, regista-se um aumento de cerca de 185% no que vai do ano. A empresa obteve resultados sólidos nos primeiros três meses de 2025, com um aumento de 46% nas receitas e de 75% nos lucros. Além disso, na apresentação das contas, a empresa indicou que está a expandir significativamente as suas capacidades com a construção de novas fábricas e aquisições estratégicas. «A Rheinmetall é necessária; hoje em dia, os nossos clientes compram-nos fábricas inteiras. A Europa deve preparar-se para uma nova era em que devemos opor-nos com todas as nossas forças à ameaça que paira sobre os nossos valores liberais», declarou recentemente Armin Papperger, presidente do conselho de administração da empresa, após apresentar os resultados do primeiro trimestre.
Por sua vez, a empresa presidida por Ángel Escribano registou um aumento de cerca de 102% no que vai do ano, situando-se em níveis históricos. Esta subida torna-a líder indiscutível do Ibex e a segunda empresa de defesa europeia com maior valorização em 2025.
As receitas da divisão de defesa da empresa espanhola cresceram 18% nos primeiros três meses do ano e, de facto, espera-se que os contratos na área da defesa dupliquem em 2025 em relação a 2024.
Recentemente, no Fórum CREO 2025, Ángel Escribano, presidente da Indra, evidenciou a «necessidade de investir e reforçar a nossa segurança. Precisamos equipar-nos com tudo, tanto em capacidades terrestres como navais e cibersegurança. Acredito que na Indra estamos capacitados e estamos a trabalhar para isso».
A subida na bolsa destas empresas foi acompanhada por um aumento das despesas com a defesa dos países europeus. No início de março, Ursula von der Leyen apresentou o plano ReARm, que prevê mobilizar 800 mil milhões de euros em defesa para os próximos anos. Entretanto, a Espanha prevê atingir este ano 2% do PIB em gastos com defesa e o governo planeia injetar 10,471 mil milhões de euros nos orçamentos de defesa para atingir este objetivo.
Este comportamento no mercado fez com que a indústria da defesa também começasse a ganhar destaque nos principais índices europeus. Assim, o fornecedor de índices Stoxx anunciou recentemente a incorporação da Rheinmetall ao Euro Stoxx 50 a partir de 20 de junho e da Indra ao Stoxx 600 a partir de 23 do mesmo mês.
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