Ainda há utentes que esperam um ano ou mais por uma cirurgia ou consulta
O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) reconhece que o não cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) “continua a ser um problema”.
No programa que apresentou no sábado, o Governo comprometeu-se a “garantir o cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) para consultas e cirurgias em todos os hospitais portugueses”. Porém, segundo a informação que consta do portal dos tempos médios de espera no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que diz respeito ao período entre fevereiro e junho deste ano, continuam a existir utentes a esperar um ano ou mais por uma consulta de especialidade ou por uma cirurgia, revela o Público (acesso pago).
Apesar de não ser possível estabelecer um comparativo com o período homólogo para perceber qual foi a evolução dos tempos de espera, visto que o portal dá uma imagem estática do período analisado, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, admite que o não cumprimento dos TMRG “continua a ser um problema”.
Sobre esta matéria, o Governo de Luís Montenegro compromete-se, no programa, a criar “programas específicos para especialidades médicas com TMRG críticos em modelo próprio” e ainda a promover uma “auditoria regional e nacional aos TMRG referentes à lista de inscritos para cirurgia na rede hospitalar”.
Também esta segunda-feira, o Diário de Notícias (acesso pago) dá conta das conclusões do primeiro estudo nacional sobre a satisfação de profissionais de saúde com a profissão, no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e no setor privado. No total, participaram 1.398 médicos e 1.494 enfermeiros, sendo que, de acordo com o relatório final da PlanAPP, a satisfação com a profissão, de um modo geral, “é de razoável a elevada, talvez até superior ao que seria de esperar” e com poucas diferenças registadas entre as duas classes.
Os mais insatisfeitos com a profissão, porém, são os médicos e enfermeiros mais jovens, que não se sentem valorizados na carreira, que trabalham em unidades hospitalares de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e do Algarve e têm duplo ou multi emprego — embora não tenha sido possível apurar se a insatisfação decorre, sobretudo, da situação de multiemprego, da acumulação de trabalho no SNS e nos prestadores privados, ou se dos motivos que levaram ao multiemprego, do sentimento de não-reconhecimento e das remunerações baixas.
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