Moldova tem “oportunidade histórica” para avançar na adesão à UE
Na primeira cimeira UE-Moldova, Ursula von de Leyen recordou ainda que deixará de haver roaming para os cidadãos da Moldova que viajam para países da UE.
A presidente da Comissão Europeia defendeu esta sexta-feira que a Moldova tem uma “oportunidade histórica” para avançar na adesão ao bloco comunitário, anunciando que este ano o país já recebeu 270 milhões de euros do plano de crescimento previsto. “A Moldova tem uma oportunidade história para progredir”, disse Ursula von der Leyen, no início da primeira cimeira entre o país candidato à adesão ao bloco e a União Europeia (UE), em Chisinau, capital da Moldova.
Considerando que há oito meses a população moldava “deu um passo crucial” ao incorporar na Constituição o rumo à adesão ao bloco político-económico europeu, a presidente do executivo comunitário acrescentou que o início da próxima etapa de negociações vai acontecer “assim que possível”.
“No ano passado lançámos um plano de crescimento de 1,9 mil milhões de euros e hoje posso confirmar que disponibilizámos os primeiros 270 milhões de euros”, anunciou Von der Leyen, acrescentando que o dinheiro vai ser canalizado na construção de um hospital, no aquecimento de uma parte de Chisinau e na redução do preço da eletricidade e do gás.
Ainda por ocasião desta primeira cimeira, Ursula von de Leyen recordou que deixará de haver roaming para os cidadãos da Moldova que viajam para países da UE. “Nós, a UE, vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que cumpram o vosso sonho”, finalizou a presidente da Comissão Europeia.
A UE e a Moldova realizam esta sexta-feira a primeira cimeira entre o bloco comunitário e o país candidato desde 2022, com o objetivo de reforçar a cooperação na “trajetória europeia”. A reunião é presidida pelos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pela chefe de Estado moldova, Maia Sandu.
O encontro deverá culminar numa declaração conjunta em que os 27 países da UE se comprometem com a “trajetória europeia” da Moldova e a ajudar o país nas reformas que tem de concluir para avançar no processo de adesão, que teve a invasão russa da Ucrânia como catalisador.
O país, que tem uma região ocupada por separatistas russos – a Transnístria –, também está a ser alvo de “ameaças híbridas”, de acordo com denúncias feitas pelas autoridades de Chisinau, que acusam Moscovo de tentar enfraquecer a democracia no país e as respetivas instituições.
A declaração final deverá incluir uma parte a demonstrar o “compromisso inequívoco” do bloco político-económico com a “soberania, segurança e resiliência” da Moldova. No que diz respeito ao processo de adesão à UE, os 27 querem aproveitar a cimeira para passar a mensagem política de que há uma “vontade inabalável” de apoiar Chisinau.
A Moldova apresentou a candidatura à UE em março de 2022 e em junho desse ano foi atribuído o estatuto de país candidato. Em junho de 2024 foram iniciadas as negociações formais, que contemplam vários capítulos de conclusão obrigatória.
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