Governo garante que presidente do Instituto da Vinha e do Vinho está “na plenitude de funções”
Ministério desmente exoneração do líder do Instituto da Vinha e do Vinho, destacando que Bernardo Gouvêa tem "participação ativa no grupo de trabalho que está a ultimar medidas para o setor do vinho".
O Governo assegura que o presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) “está na plenitude das suas funções”, depois de a Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (Anceve) ter referido que a entidade se encontra “numa situação de indefinição e paralisia, em consequência da exoneração verbal do conselho diretivo em janeiro passado”.
Em resposta ao ECO, o Ministério da Agricultura sustenta que “prova disso é a participação ativa no grupo de trabalho”, constituído pela tutela liderada por José Manuel Fernandes, que está “a ultimar medidas adicionais para o setor do vinho”.
Contactado pelo ECO, Bernardo Gouvêa não quis comentar a alegada exoneração verbal, a que alude a associação de produtores de vinhos liderada por Paulo Amorim. Começou por remeter todas as explicações sobre o caso para o Ministério, confirmando depois que está ainda a desempenhar o cargo.
Em comunicado divulgado esta manhã, a Anceve tinha denunciado que o “Instituto da Vinha e do Vinho, uma instituição fundamental para a fileira vitivinícola, se encontra numa situação de indefinição e paralisia, em consequência da exoneração verbal do conselho diretivo em janeiro passado”.

“Aliás, estranhamente [passados seis meses] ainda não formalizada pela tutela, [o] que impacta muito negativamente um setor que sofre neste momento os efeitos gravíssimos de uma crise internacional com tendência a agravar-se nos próximos tempos”, acrescenta a associação.
No mesmo comunicado, assinado pelo líder da Anceve, a associação lamentou que o setor não tenha sido “auscultado quanto à exoneração do conselho diretivo do IVV” ou sobre a “equipa eventualmente designada para lhe suceder”. E dizia ainda “desconhecer os motivos para a decisão intempestiva do Governo”.
No início do ano, a Revista de Vinhos noticiou que Bernardo Gouvêa iria deixar a presidência do IVV por decisão do Ministério da Agricultura, escrevendo que a comunicação do afastamento teria acontecido numa reunião realizada a 23 de janeiro. O respetivo despacho de exoneração nunca chegou a ser publicado.
Já no final desse mês, também a Grandes Escolhas, outra publicação especializada no setor, confirmava que a “demissão verbal” do conselho diretivo do instituto, composto pelo presidente Bernardo Gouvêa e pela vice-presidente Sandra Vicente, tinha acontecido num encontro com o secretário de Estado da Agricultura.
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