Depois de Lisboa, Tumo abre em outubro em Matosinhos num investimento até 8 milhões

O Tumo Porto tem a capacidade para 1.000 estudantes no primeiro ano de atividade, esperando que esse número aumente para 1.500 no segundo ano. As candidaturas decorrem até 14 de setembro.

Depois de Coimbra e Lisboa, a Tumo abre o seu terceiro centro em Matosinhos. O edifício URBO, mesmo ao lado do Norte Shopping, recebe a partir de 6 de outubro o Tumo Porto, num investimento a cinco anos até oito milhões de euros. As inscrições decorrem até 14 de setembro.

“O Tumo Porto é o terceiro centro do Tumo Portugal e vai beber de toda a nossa intensa experiência até agora, que prova a confiança que temos no modelo pedagógico que defendemos com este projeto. Este terceiro centro no norte, como os restantes, combina os três fatores que procuramos (localização útil, financiamento com compromisso de vários stakeholders e equipa motivada e alinhada com a missão)”, diz Filipa Cunha, diretora do centro.

A responsável não adianta quais as próximas localizações. Braga, Évora e Algarve eram outras localizações que, aquando da abertura do centro de Lisboa no ano passado, os promotores admitiam estar a negociar.

Estamos continuamente em conversas com vários potenciais parceiros nos locais que referiu e em muitos outros para estudar a implementação de projetos com capacidade de transformação e impacto social. O Tumo é um projeto que envolve um investimento considerável, por isso estamos muito disponíveis e interessados em implementá-lo pelo país, mas precisaremos sempre de encontrar financiamento para o fazer — esse financiamento poderá ser público a um nível nacional, público a um nível local ou privado”, diz.

Não desistimos e acreditamos que vamos certamente continuar a fazê-lo, mas reunir este financiamento tem-se revelado difícil. No entanto, como a vontade e a procura por desenvolver programas em algumas regiões tem crescido, estamos ativamente a desenvolver programas que procurem dar resposta a esta necessidade”, afirma.

Até oito milhões de investimento

Oferecendo um programa de formação em oito áreas, totalmente gratuito, o Tumo do Porto, à semelhança dos anteriores, tem “um investimento inicial de cerca de um milhão de euros, que inclui elementos como a obra de adaptação do espaço, todo o equipamento e tecnologia necessários ao programa ou a formação da equipa”, detalha Filipa Cunha.

“Por ano, com o centro a funcionar em capacidade, o investimento em causa é entre 1,3 e 1,5 milhões de euros, pelo que estamos a falar de um valor de investimento total de set-up, de mais de cinco anos de operação, de cerca de oito milhões de euros”, destaca.

O Tumo Porto tem a capacidade para 1.000 estudantes no primeiro ano de atividade. “A expetativa é de aumentar para 1.500 no segundo ano. Teremos as mesmas áreas de aprendizagem que os restantes dois centros em Portugal: Animação, Programação, Desenvolvimento de Jogos, Robótica, Produção Musical, Design Gráfico, Fotografia e Cinema”, informa a responsável.

O programa é presencial, em horário pós-escolar, com duas sessões de duas horas por semana ou uma sessão de três horas e meia, para jovens entre os 12 e 18 anos.

No ano letivo de 2024/25, os centros de Lisboa e Coimbra acolheram um total de 2.354 estudantes, com uma idade média de 15 anos, de 52 nacionalidades. Destes, 59% são rapazes e 40% raparigas, provenientes de 280 escolas diferentes, maioritariamente públicas.

No conjunto, mais de um terço dos estudantes (37%) apresentam algum tipo de vulnerabilidade, incluindo jovens integrados em contextos TEIP, institucionalizados ou referenciados por instituições de solidariedade social, com Necessidades Educativas Específicas, abrangidos pela Ação Social Escolar ou com mães com baixa escolaridade, destaca a Tumo.

A Câmara Municipal de Matosinhos, Câmara Municipal do Porto, Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Fundação Belmiro de Azevedo, Teak Capital e BPI Fundação “la Caixa” são os parceiros de arranque do Tumo Porto.

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