Portugal está mais inovador, mas continua a meio da tabela da UE
Painel Europeu da Inovação, divulgado esta terça-feira, classifica Portugal como “Inovador Moderado” com um desempenho de 90,7% da média europeia em 2025. Tecnologia na nuvem e apoios a I&D ajudaram.
Portugal está a inovar mais, mas mantém-se a meio da tabela na União Europeia (UE), ocupando a 16ª posição entre os Estados-membros na tabela da inovação. O Painel Europeu da Inovação (PEI), divulgado esta terça-feira, classifica Portugal como “Inovador Moderado” com um desempenho de 90,7% da média europeia em 2025.
O desempenho nacional está acima da média dos outros Inovadores Moderados da UE (90,7% versus 85,9%) devido aos aumentos de nove e três pontos percentuais em relação a 2018 e a 2024, respetivamente. É neste campeonato dos moderados que também jogam países como Espanha ou Itália.
Onde é que Portugal mais pontua em relação a outros Estados-membros? No apoio (direto e indireto) do Governo para I&D nas empresas, nas vendas de produtos e serviços novos no mercado ou introdução de métodos/bens inovadores nas empresas e na ligação da economia ao ambiente (PIB gerado por unidade de dióxido de carbono emitida).
Por outro lado, Portugal tem alguns indicadores com classificação mais baixa comparativamente com os outros países, como as despesas com inovação por pessoa empregada, as exportações de serviços conhecidos como “intensivos em conhecimento” (com elevado valor intelectual) e as exportações de produtos de média e alta tecnologia.
Analisando os últimos sete anos, registaram-se progressos essencialmente na área de computação na nuvem (cloud computing), auxílios estatais à I&D nos negócios e CO2 emitido em relação à quantidade de bens ou serviços produzidos pelo país. Quanto aos retrocessos, foram mais notórios ao nível da introdução de inovações por parte de pequenas e médias empresas (PME), gastos com inovação não relacionadas com I&D e emprego em empresas inovadoras, entre 2018 e 2025.
De 2024 para este ano, as mudanças (positivas e negativas) foram semelhantes, mas registou-se um recuo no movimento dos profissionais da ciência e tecnologia de um emprego para outro.
Maior inovação na Europa vem da Suécia
A posição cimeira do ranking pertence à Suécia, que recuperou a posição de principal inovador da UE, com mais 12,9 pontos percentuais desde 2018 devido aos progressos na aprendizagem ao longo da vida, despesas de I&D das empresas e cloud computing. A Croácia destacou-se ao passar para o grupo dos Inovadores Moderados, após um aumento de 19,4 pontos desde 2018.
A comissária europeia de Startups, Investigação e Inovação considera que este relatório confirma os “progressos a longo prazo” da UE, porém também evidencia a “necessidade urgente de fazer mais e colmatar as disparidades persistentes entre as diferentes partes da Europa”.
“Já estamos a dar passos significativos em frente, através das nossas estratégias para as startups e scale-ups [empresas em fase de expansão], as ciências da vida e a IA na ciência”, referiu Ekaterina Zaharieva, acrescentando que a investigação e a inovação “estão no cerne” da estratégia europeia de competitividade.
De facto, o desempenho da UE em matéria de inovação tem aumentado (+12,6 pontos percentuais desde 2018) por causa do contributo de todos os países, embora a diferentes velocidades, que variam entre os 0,9 pontos no Luxemburgo e os 30 pontos na Estónia.
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