INEM deu apenas quatro dias para operadores garantirem helitransporte de emergência
Em junho, numa consulta ao mercado lançada a uma sexta-feira à tarde, o INEM deu apenas quatro dias para operadores garantirem helitransporte de emergência.
Numa sexta-feira à tarde, às 14h50 do dia 6 de junho, o INEM decidiu fazer uma consulta ao mercado “por imperiosa urgência e necessidade”, contactando 14 empresas para saber se tinham como assegurar a operação de helitransporte médico de emergência por um período máximo de quatro meses.
Ao abrigo dessa consulta, o instituto dava apenas quatro dias úteis aos operadores para reunirem os meios necessários e tê-los prontos a funcionar em menos de um mês, no dia 1 de julho. Segundo o Público, que avançou a notícia, nessa altura já se adivinhava que a Gulf Med — a empresa maltesa que venceu em março o concurso público internacional para assumir a operação, apesar de não ter helicópteros nem pilotos — não iria ser capaz de ter a operação montada na data programada.
Nesse curto prazo de quatro dias, seria praticamente impossível a qualquer operador reunir os meios técnicos e humanos. Foi o que alegou uma das empresas, pedindo pelo menos “cinco a seis meses” para poder “responder favoravelmente”. Outra disse “aguardar a aprovação do licenciamento necessário”. A Avincis, que já assegurava o serviço há mais de uma década, mostrou-se disponível, mas só se o ajuste direto fosse por “um período mínimo de 24 meses”.
O Público nota também que a própria Gulf Med mostrou-se capaz de ceder três a quatro helicópteros, ainda que de forma progressiva e num regime de 12 horas, mediante contrato de curta duração. Assim, acabou por ser novamente a escolhida, por ajuste direto, para prestar este serviço, apesar de já ter vencido o concurso público internacional por 77,4 milhões de euros. Cada uma destas aeronaves custa 11.300 euros por dia. Como é sabido, perante as dificuldades, o INEM acabou também por pedir o auxílio da Força Aérea.
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