Votação da audição de Centeno adiada para setembro. CDS-PP pede documentos sobre negócio da sede do Banco de Portugal
Centristas querem acesso aos documentos sobre o negócio da nova sede, entre os quais os relatórios jurídicos e técnicos recebidos pelo Banco de Portugal sobre a construção da nova sede.
A votação do pedido do CDS-PP para ouvir com urgência o governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, ficou adiada para setembro, disseram ao ECO diversas fontes da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP). Os centristas apresentaram, por outro lado, um requerimento para que o Banco de Portugal remeta a documentação sobre o negócio da nova sede do regulador bancário.
O CDS-PP apresentou na segunda-feira um requerimento para uma audição urgente de Mário Centeno, após as notícias vindas a público sobre o negócio da nova sede. O Observador noticiou que a meses do final do primeiro mandato como governador do BdP, Mário Centeno assinou, com o apoio da sua administração, um contrato-promessa com quatro sociedades do Grupo Fidelidade para a construção da nova sede do banco central nos antigos terrenos da Feira Popular, em Lisboa.
Segundo o mesmo jornal, os relatórios jurídico e técnico encomendados pelo BdP alertaram para 16 contingências graves que poderiam vir a colocar em causa o negócio, que só será concretizado no final de 2027.
Na reunião desta tarde da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), o requerimento para audição urgente de Mário Centeno não foi admitido a votação desta terça-feira, ficando assim a sua discussão e votação adiada para setembro.
Paralelamente, foi apresentado um requerimento esta terça-feira no qual pedem ao Banco de Portugal o envio do Memorando de Entendimento assinado entre o Banco de Portugal e a Fidelidade, detida pelo grupo chinês Fosun, sobre a construção da nova sede, bem como os relatórios jurídicos e técnicos, internos e externos, recebidos pelo Banco de Portugal sobre a construção da nova sede.
O CDS-PP requer ainda ao regulador que remeta o contrato-promessa compra e venda assinado pelo Banco de Portugal, que gerou o pagamento de um sinal de 57,5 milhões, a identidade do promotor, assim como todos os restantes pareceres internos e externos sobre esta matéria.
O ECO noticia esta terça-feira que mais de uma dezena de condições poderão travar o negócio da nova sede do Banco de Portugal, segundo o contrato assinado com a Fidelidade, a dona dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, Lisboa, que albergará a futura casa do supervisor da banca (ainda) liderado por Mário Centeno.
(Notícia atualizada após o fim da reunião da COFAP)
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