Sindicato acusa Generali de “despedimento coletivo encapotado” ao transferir trabalho
"A Generali Tranquilidade está ainda a identificar o modelo em que pretende proceder à sua contratação futura", diz fonte da seguradora.
O sindicato dos profissionais de seguros denunciou esta quinta-feira que o grupo Generali Tranquilidade está a transferir trabalho entre empresas do grupo, no que apelidou de “despedimento coletivo encapotado” que ameaça 68 postos de trabalho.
“O SINAPSA foi informado que neste momento há uma transferência de trabalho de uma empresa, a Europ Assistance, que assegura há 19 anos o serviço de apoio ao cliente da Generali, para outra empresa, a Close to Customers, que, por curiosidade, também é uma empresa do grupo”, começou por explicar à Lusa o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA), Jorge Martins.
Apesar do que considera ser uma transferência progressiva do trabalho, o sindicato aponta que as empresas, “nomeadamente a Close to Customers, não pretendem assegurar os postos de trabalho”.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Generali Tranquilidade esclareceu que “não está em causa, nem nunca esteve, um qualquer estabelecimento ou a sua transferência” e que as duas empresas são juridicamente independentes e com gestão autónoma.
As duas empresas “decidiram dar por concluída a prestação de serviços de apoio ao cliente” que a Europ Assistance assegurava, que estava focada em atividades de abertura de sinistros e marcação de peritagens.
Segundo a mesma fonte, a Europ Assistance “pretende recentrar os seus serviços” principais, nomeadamente assistência em viagem e ao lar, mas registou que são serviços “em que existe uma oferta diversificada no mercado”.
“A Generali Tranquilidade está ainda a identificar o modelo em que pretende proceder à sua contratação futura, sendo que, no imediato, e ainda que de forma distinta na sua configuração, os serviços já descontinuados pela Europ Assistance estão a ser assegurados por outros prestadores”, acrescentou.
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