Exclusivo Banco de Fomento procura mais parceiros para consórcio da Gigafábrica de IA

Depois da entrega de manifestação de interesse, instituição vai reunir com potenciais investidores esta segunda-feira, 28 de julho, com vista a alargar o rol de parceiros antes da candidatura formal.

Gonçalo Regalado, CEO do Banco Português de Fomento (BPF)
Gonçalo Regalado, CEO do Banco Português de Fomento (BPF)Hugo Amaral/ECO

O Banco Português de Fomento (BPF) está a tentar alargar o consórcio que deverá concorrer, no final deste ano, à captação de uma Gigafábrica de inteligência artificial (IA) para Sines. O ECO sabe que está agendada para esta segunda-feira, 28 de junho, uma reunião com potenciais parceiros e investidores.

“É um encontro no sentido de alargar o consórcio e recolher mais participantes. Na proposta, quando foi pensada, e houve a decisão de avançar com isto, é muito difícil, depois, arranjar o compromisso de um número mais alargado”, explica ao ECO fonte familiarizada com a reunião, na qual irá participar o CEO do BPF, Gonçalo Regalado.

A mesma fonte revela que os promotores “já conseguiram juntar muita gente e muitas instituições”, das quais “algumas só na véspera” da entrega da manifestação de interesse (o que não é anormal neste tipo de circunstâncias). Contactada sobre este assunto esta sexta-feira, fonte oficial do BPF não respondeu.

Em causa está a proposta de candidatura que o BPF entregou este mês à Comissão Europeia, com a ambição de captar para Portugal uma das cinco Gigafábricas de IA que Bruxelas quer cofinanciar na União Europeia em regime de Parceria Público-Privada (PPP).

A proposta portuguesa abrange um investimento inicial de quatro mil milhões de euros num data center com 90 MW de capacidade a ocupar uma área de 28.000 m², prevendo-se a contratação de mais de 270 pessoas, incluindo pessoal não qualificado, segundo uma versão preliminar do plano, a que o ECO teve acesso.

Apesar do esforço nacional, o investimento necessário é pesado. O plano prevê que, daquele montante, 600 milhões de euros tenham de ser aplicados por empresas privadas pertencentes ao referido consórcio. Este consórcio teria também de obter mil milhões de euros em dívida sindicada para financiar o investimento inicial.

Está também previsto, na versão preliminar do plano vista pelo ECO, o recurso a fundos europeus de programas como o Portugal 2030, em até mil milhões de euros, e 1,4 mil milhões de euros provenientes de verbas específicas da Comissão Europeia para as Gigafábricas de IA.

Altice, Nos, Bial, Hovione, Sonae, Microsoft e Salvador Caetano são algumas das empresas identificadas numa apresentação da proposta de candidatura portuguesa, a que o ECO também teve acesso. A lista é apontada como “não exaustiva” e “preliminar”, baseando-se “na vontade não vinculativa de participar”.

O Governo português também teria de participar com capital, na medida em que essa é uma exigência deste novo programa europeu para dotar o continente de mais poder de computação, segundo foi possível apurar.

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