Alta velocidade. Consórcio liderado pela Mota-Engil espera que “contributo português não termine em Oiã”
Líder da Mota-Engil, que lidera o consórcio vencedor do 1.º troço da Alta Velocidade, adiantou que as empresas portuguesas querem dar continuidade ao projeto, mantendo a construção em mãos nacionais.
O consórcio português liderado pela Mota-Engil que ganhou a concessão do 1.º troço da Alta Velocidade, entre Porto e Oiã, quer dar continuidade ao projeto, garantindo que a construção da linha se mantém nas mãos das empresas portuguesas.
Durante a cerimónia de assinatura do contrato de concessão da linha ferroviária entre Porto (Campanhã) e Oiã, o CEO da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, assegurou que as empresas nacionais vão continuar a apresentar “soluções de engenharia portuguesa para dar continuidade” à construção da Alta Velocidade.
“Conscientes do marco que hoje aqui assinalamos ao celebrar o primeiro contrato de autorização em Portugal, não posso deixar de afirmar que estaremos fortemente empenhados para que o contributo das empresas portuguesas não termine em Oiã“, destacou o porta-voz do consórcio LusoLAV, que é constituído por seis empresas portuguesas.
A falar em representação do consórcio (Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Casais, Conduril e Gabriel Couto), Carlos Mota Santos saudou o trabalho desenvolvido pelas empresas portuguesas, que se uniram e investiram, “criando um núcleo de engenharia nacional capaz de apresentar uma proposta competitiva num projeto que [assumiram] desde o início que seria e será desafiante”.
“Se a engenharia portuguesa é reconhecida como sendo de excelência lá fora e até com mais quilómetros de ferrovia realizados nos últimos anos do que os seus concorrentes europeus, porque não colocar esse know-how, essa experiência, ao serviço de Portugal?“, questionou o empresário nortenho.
O Governo português e a IP podem contar com o empenho não só do nosso consórcio, mas seguramente de toda a fileira da engenharia e construção em Portugal, numa capacidade que não se executará no presente contrato.
As seis empresas do consórcio uniram-se para “[elevar] a incorporação nacional e criar a oportunidade para engenheiros portugueses desenvolverem obras relevantes no seu próprio país, que assim enriquecem o seu currículo e capacitam as nossas empresas num círculo virtuoso de desenvolvimento da economia nacional”.
“O Governo português e a IP podem contar com o empenho não só do nosso consórcio, mas seguramente de toda a fileira da engenharia e construção em Portugal, numa capacidade que não se executará no presente contrato”, reforçou Carlos Mota Santos.

O empresário disse ainda que as empresas portuguesas seguirão firmes e alicerçadas “no know-how e na competitividade de soluções de engenharia portuguesa para dar continuidade” ao projeto que ambiciona transportar 10 milhões de passageiros por ano entre Lisboa e Porto. E que, completou, “levará mais rapidamente a Vigo e, mais tarde, ao novo aeroporto em Alcochete e a Madrid”.
“Com a visão estratégica de longo prazo e reunidos os consensos políticos, o país pode acelerar o seu desenvolvimento e propor-se a concretizar o enorme potencial que todos lhe reconhecemos ter”, conclui o CEO da Mota-Engil, durante a cerimónia realizada na sede da IP, em Almada.

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