Riscos geopolíticos entre os que mais preocupam setor dos seguros e fundos de pensões

  • Lusa
  • 31 Julho 2025

Um estudo do supervisor de seguros conclui que o setor espera em 12 meses "o agravamento dos riscos geopolíticos, dos riscos associados ao ambiente macroeconómico internacional e do risco acionista".

Os riscos geopolíticos estão entre os que mais preocupam as empresas de seguros e as entidades gestoras de fundos de pensões, segundo o inquérito semestral realizado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

De acordo com os resultados, divulgados esta quinta-feira, no que respeita à avaliação global e individual efetuada pelas seguradoras, relativamente aos principais riscos, são destacados os “relacionados com o ambiente macroeconómico nacional e internacional e os riscos geopolíticos como sendo os suscetíveis de assumir maior materialidade para o desempenho da atividade do setor segurador”.

Além disso, as projeções das empresas, “num horizonte temporal de um ano, apontam para a deterioração de diversos riscos, com maior magnitude para os riscos geopolíticos, os riscos associados ao ambiente macroeconómico internacional e os riscos cibernéticos”.

De acordo com os resultados do inquérito, no contexto dos riscos específicos para os ramos Vida e Não Vida, o “associado à evolução da produção foi sinalizado como sendo o mais relevante em ambos os segmentos”, sendo que “no que se refere às projeções para o mesmo período, antecipa se um agravamento dos riscos emergentes”.

Por sua vez, as entidades gestoras de fundos de pensões identificaram “os riscos geopolíticos, o panorama de taxas de juro e o ambiente macroeconómico internacional como sendo os riscos passíveis de impactar com maior magnitude o desempenho da sua atividade”.

Num período a 12 meses, a expectativa passa pelo “agravamento dos riscos geopolíticos, dos riscos associados ao ambiente macroeconómico internacional e do risco acionista”.

A ASF analisou ainda os resultados em matéria de riscos cibernéticos, com o setor segurador a avaliar estes riscos como “apresentando uma materialidade média-alta ou elevada, antecipando-se um agravamento da sua exposição nos próximos três anos”.

Já do ponto de vista do negócio, “apenas um número limitado de empresas de seguros comercializa produtos com cobertura (explícita) de riscos cibernéticos, recorrendo, total ou parcialmente, ao resseguro para efeitos de transferência dos riscos assumidos”.

Segundo a ASF, no que diz respeito “à avaliação dos riscos cibernéticos numa perspetiva de risco operacional, os principais impactos identificados localizam-se ao nível dos sistemas e ativos de informação, do apoio ao cliente e das atividades de gestão de sinistros”.

Já no segmento dos fundos de pensões, uma parte significativa das empresas indicou que “os riscos cibernéticos têm, em termos globais, uma materialidade média-alta ou elevada para o setor”.

Assim, “a classificação média da exposição das oito sociedades gestoras de fundos de pensões a riscos cibernéticos manteve-se no nível médio-baixo, apesar de se prever um agravamento para o nível médio alto no horizonte temporal de três anos”.

Em termos de riscos operacionais, “os serviços prestados por terceiros e a gestão de pensões foram as áreas identificadas como tendo maior exposição a riscos cibernéticos”, de acordo com o inquérito.

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