Seguradoras estão a lucrar mais 21% em 2025
As companhias de seguros a atuar em Portugal atingiram lucros líquidos de 414 milhões no final do 1º semestre deste ano, uma variação homóloga de 21%.
As companhias de seguro com atividade em Portugal atingiram 414 milhões de resultados líquidos no primeiro semestre de 2025, revelou a ASF, entidade supervisora do setor, no seu Relatório de Evolução da Atividade Seguradora respeitante aos dois primeiros trimestres deste ano.
A solidez das companhias, calculado através do rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) do conjunto das empresas sob supervisão prudencial da ASF foi, no final do segundo trimestre de 2025, de 210%, o que representa um decréscimo de dois pontos percentuais face ao final de 2024. O valor mínimo deste rácio é de 100% antes de uma intervenção do supervisor, face à possibilidade de incumprimento de obrigações por parte de alguma companhia.
O relatório confirma um crescimento da produção global do mercado de seguro direto, relativa à atividade em Portugal no primeiro semestre de 2025, um aumento de 14,2% face ao período homólogo de 2024, situando-se acima dos 7,9 mil milhões de euros. O ramo Vida cresceu 19,4%, tendo os ramos Não Vida subido 9,7%.
A produção dos ramos Não Vida do total do mercado ultrapassou 4.098 milhões de euros, cerca de mais 361 milhões que em igual período do ano anterior. De destacar os crescimentos de 12,3% no ramo Saúde, 10% no ramo Incêndio e Outros Danos, 9,5% no ramo Automóvel e 9,2% na modalidade de Acidentes de Trabalho. Em conjunto estes ramos significam quase 90% dos seguros Não Vida em valor de prémios.
Os montantes pagos, nomeadamente indemnizações por sinistros cresceram 5,8% nos ramos Não Vida e desceram 30% no ramo Vida – neste caso a redução dos resgates foi significativo -, resultando numa redução em 16% dos pagamentos das companhias.
De destacar a baixa ou estabilização da taxa de sinistralidade em ramos cruciais para a rentabilidade das seguradoras. Se em Acidentes de Trabalho essa taxa, que relaciona pagamentos efetuados com prémios recebidos, se manteve em 51% e o ramo incêndio aumentou essa proporção de 44% para 45%, já o ramo Saúde desceu as perdas das companhias de 61% para 57% do valor dos prémios.
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