APS suporta custos de seguro automóvel temporário a refugiados ucranianos
O apoio é temporário, através de uma cobertura de 2 meses, e supõe urgência na aprovação de legislação que dê resposta mais duradoura à situação dos refugiados, sustenta a associação de seguradores.
As empresas portuguesas de seguros subscreveram um protocolo com a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), em que esta será tomadora dos seguros a efetuar para veículos com matrícula estrangeira de refugiados ucranianos. Ao abrigo da figura do denominado seguro de fronteira, esta apólice temporária “terá a duração de 2 meses e o seu custo será integralmente suportado pela APS, numa iniciativa de solidariedade do setor segurador para com estas pessoas”.
A APS e as empresas de seguros suas associadas, confrontadas com diversos pedidos de seguro de responsabilidade civil automóvel relativa aos veículos de pessoas deslocadas da Ucrânia que se encontram a circular no território de Portugal, acordaram esta “solução de mercado, de cariz solidário, para dar resposta a estas solicitações”. Em qualquer caso, continua o comunicado da associação presidida por José Galamba de Oliveira, “este é necessariamente um seguro de duração muito curta, sendo urgente a aprovação de legislação que dê uma resposta mais duradoura à situação destas pessoas e dos seus veículos enquanto permanecerem em Portugal”.
O seguro estará apenas acessível a cidadãos que, comprovadamente, beneficiem do regime de proteção temporária estabelecido pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 29-D/2022, de 11 de março, que altera a Resolução do Conselho de Ministros n.º 29-A/2022, de 1 de março, e abrange veículos até 3500 kg de peso, esclarece a APS, adiantando que a informação sobre como contratar a apólice, assim como a lista das seguradoras aderentes à iniciativa e os pontos de contacto em cada uma delas estarão disponíveis, a partir da semana de 18 de abril de 2022, no sítio eletrónico da APS (www.apseguradores.pt)
Para além desta iniciativa, “um número muito significativo de empresas de seguros a operar em Portugal”, representando quase 85% de quota de mercado, estão a patrocinar iniciativas de apoio aos refugiados da Ucrânia. Esse apoio é dado diretamente pelas seguradoras ou através de empresa do grupo em que se inserem e conta também, em muitos casos, com o envolvimento dos respetivos colaboradores, nota ainda a setorial.
A ajuda materializa-se tanto no apoio a organizações internacionais que estão na Ucrânia e em países fronteiriços a ajudar a população, como no transporte e apoio a refugiados em Portugal.
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