Vendas de combustíveis da Galp recuam 10% no primeiro trimestre, efeito da guerra e alta dos preços
Produção de petróleo subiu no trimestre, mas a alta dos preços levou as vendas de combustíveis a caírem 10% em cadeia, fruto da menor procura por consumidores e empresas.
A produção de petróleo da Galp Energia subiu 5% no primeiro trimestre, face ao período homólogo, mas as vendas de produtos petrolíferos caíram 10% em cadeia, um efeito da alta dos preços, que pressionou a procura dos consumidores e empresas. A informação foi avançada pela empresa num comunicado difundido através da CMVM.
No primeiro trading update deste ano, a cotada nacional indica que a produção de petróleo subiu 5%, para 117,5 mil barris por dia. Houve um crescimento de 6% da produção no Brasil, mas um recuo de 9% em Angola.
Contudo, é nos combustíveis que se destaca o desempenho da Galp Energia no trimestre. Isto porque as vendas de produtos petrolíferos da empresa liderada por Andy Brown caíram 10% em cadeia, para 1,7 toneladas métricas, num trimestre marcado pelo início da guerra na Europa.
A quebra é explicada pela Galp com o efeito da “sazonalidade”, mas também o “ambiente de preços altos das matérias-primas”, que pressionou as vendas a consumidores e empresas. Na comparação homóloga, porém, registou-se um crescimento de 25%.
Já as vendas de gás natural subiram 13% em termos homólogos e 24% em cadeia, para 5,6 TWh, enquanto as vendas de eletricidade cresceram 20% na comparação homóloga e 2% na comparação com o último trimestre de 2021, fixando-se em 1.139 GWh.
Num período de grande agitação no mercado petrolífero, a Galp processou 10% mais matéria-prima e a margem de refinação subiu de 5,5 dólares por barril de petróleo ou equivalente no quarto trimestre de 2021 para 6,8 no arranque deste ano.
No caso do gás natural liquefeito (GNL), o volume de fornecimento e vendas desceu 19% em termos homólogos, para 14,8 TWh. A empresa justifica a queda com as condições de mercado na Península Ibérica.
A Galp vai apresentar resultados do primeiro trimestre em 3 de maio, antes da abertura das bolsas. As ações da empresa estão a subir 0,79% esta quarta-feira, para 12,07 euros.
(Notícia atualizada pela última vez às 8h37)
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