Medina rejeita aumentos intercalares de salários na Função Pública
Ministro das Finanças diz ainda que abdicar de um défice de 1,9% "não está no horizonte” do Governo e que essa meta "não é nenhuma teimosia".
O ministro das Finanças rejeita aumentos intercalares dos salários da Função Pública. Em entrevista à RTP esta quarta-feira, após apresentar a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), Fernando Medina disse também que o Governo não vai abdicar de um défice de 1,9% e que essa meta “não é nenhuma teimosia” nem “nenhuma medalha que se queira ostentar neste momento”.
“Sim”, respondeu Fernando Medina, quando questionado se rejeita aumentos intercalares de salários na Função Pública em 2022. E explicou: “Porque a nossa estratégia é melhor na resposta ao problema com que estamos todos confrontados e com a preocupação, aliás, de apoiar a menor perda possível de poder de compra”.
“Os funcionários públicos tiveram um aumento de 0,9% de atualização salarial e um aumento da massa salarial por via de progressões e de outros instrumentos significativamente superiores. E isso conta do ponto de vista do que é a remuneração de cada um“, continuou.
Medina disse ainda que, em 2023, o Governo vai “iniciar um processo de diálogo com as estruturas sindicais relativamente às melhores formas” de encontrar uma “posição de equilíbrio” e de se conseguir “minorar o efeito de um fenómeno que está a entrar” em Portugal, “não alimentando uma espiral inflacionista”.
Na mesma entrevista, o ministro disse ainda que a meta de manter o défice em 1,9% “não é nenhuma teimosia” nem “nenhuma medalha que se queira ostentar neste momento”. Esse objetivo “é realista”, disse Fernando Medina, referindo que a estratégia que o Governo está a seguir “é adequada”.
A redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) foi outro tema falado, com o ministro a afirmar que essa medida “vai permitir compensar 72% do aumento que a gasolina teve desde o início da crise” e 52% do aumento do gasóleo. A proposta do OE2022 prevê que essa redução aconteça apenas em maio e junho, mas Medina admite que possa ser prolongada para lá de junho ou até mesmo prolongada com algumas adaptações.
Fernando Medina rejeitou novamente as acusações que a oposição fez quanto à proposta do OE2022 — de que esta traria mais austeridade para os portugueses — afirmando que “só alguma má consciência desses partidos é que permite ter essa adjetivação”.
(Notícia atualizada às 21h32 com mais informação)
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