Plataforma ferroviária quer captar investimentos industriais em tempo de guerra

Associação que junta 95 entidades ligadas à ferrovia considera que Portugal tem a "última oportunidade" para captar fundos comunitários e recuperar de décadas de desinvestimento nos comboios.

Portugal quer captar investimento industrial na ferrovia em tempo de guerra na Ucrânia. A ambição foi anunciada pela Plataforma Ferroviária Portuguesa (PFP) nesta segunda-feira, na abertura do terceiro congresso da ferrovia, a decorrer em Leixões. A associação que junta empresas, academia e transportadoras sobre carris acredita que o país tem condições únicas para recuperar de “décadas de desinvestimento” graças aos fundos comunitários.

“Portugal pode apresentar-se como solução na Europa para investimentos industriais na área da ferrovia. É um país altamente tecnológico e que recebe como ninguém. Não temos furacões ou tsunamis, além de termos engenheiros altamente qualificados“, destacou o diretor executivo da PFP, Paulo Duarte.

Momentos antes, o presidente da PFP, João Figueiredo, destacou que o país tem atualmente a “última oportunidade” para usar os fundos comunitários e “recuperar de décadas de desinvestimento” na área da ferrovia. Cerca de 89% das deslocações de pessoas são efetuadas por via rodoviária, percentagem que a plataforma pretende baixar nos próximos anos.

“Vivemos um tempo bastante favorável ao setor ferroviário, com um consenso generalizado para o papel da ferrovia no desenvolvimento do país e na redução da pegada carbónica”, acrescentou João Figueiredo.

O terceiro congresso da ferrovia em Portugal está a decorrer no terminal de cruzeiros do Porto de Leixões. A organização está a cabo da Plataforma Ferroviária Portuguesa, associação que conta com 95 membros. CP, Infraestruturas de Portugal, Metro de Lisboa, Metro do Porto, Efacec, Medway e ISQ são algumas das empresas que pertencem a esta plataforma.

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