A extraordinária insistência na questão dos metadados revela a superficialidade com que se debatem as questões importantes.
Continuamos em Portugal a legislar sem noção das realidades que queremos enfrentar e sem sentido de estado. Esta polémica com os metadados é pueril e baseia-se no facto de o poder judicial querer abusar da privacidade dos cidadãos simplesmente porque aqueles dados são fáceis de recolher e armazenar - infelizmente, são também fáceis de abusar por poderes vários. Parece que há problemas sobre a quantidade de processos que podem ser revistos por se terem baseado em metadados. Pois bem, se querem abusar da nossa privacidade e convencer-nos mais uma vez a entrar no jogo da cedência da privacidade individual a troco da segurança coletiva, seria aconselhável utilizar algum rigor: quantos processos de "investigação, deteção e repressão de crimes graves" foram efetivamente decididos graças ao uso
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