Hungria mantém-se contra embargo europeu ao petróleo russo, diz Orbán

Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, diz ser improvável que o país abandone a oposição ao embargo europeu ao petróleo russo e que a discussão seria “contraproducente” sem um consenso.

É improvável que a Hungria abandone a sua oposição ao embargo total da União Europeia (UE) ao petróleo russo e, como tal, os líderes europeus não devem discutir este assunto na próxima reunião, avançou esta terça-feira o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, segundo a Agence France Presse.

Em carta dirigida a Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, Orbán apontou que em função da “gravidade das questões ainda em aberto, é muito improvável que possa ser encontrada uma solução abrangente antes da reunião especial do Conselho Europeu, de 30 a 31 de maio”. O líder húngaro acrescentou ainda que seria “contraproducente” discutir o pacote de sanções na ausência de um consenso entre os líderes europeus.

Dado que a Hungria não tem costa, o país encontra-se dependente da importação de petróleo russo através de um único oleoduto, como tal, Orbán insiste que o novo pacote de sanções da UE, proposto em inícios de maio, teria um efeito devastador na economia do país. Em linha com esta posição, Budapeste já pediu uma isenção do embargo europeu durante, pelo menos, quatro anos, assim como fundos europeus no valor de 800 milhões de euros para a reabilitação de uma refinaria e aumento da capacidade de um oleoduto rumo à Croácia.

Em resposta, a UE já concedeu à Hungria isenções do embargo europeu ao petróleo russo, bem como à Eslováquia e à República Checa. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já admitiu pretender assegurar o embargo numa questão de “dias”. “Estamos a olhar para um ou dois Estados-membros sem litoral, portanto, não podem ter petróleo via mar e precisam de alternativas através de oleodutos e refinarias”, disse von der Leyen, que confirmou que a UE está à procura de soluções ao nível deste tipo de instalações.

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