Fed aponta para novas subidas de 50 pontos nos juros nas próximas reuniões

As minutas divulgadas esta quarta-feira mostram que a maioria dos membros da Fed concordam com a necessidade de voltar a subir as taxas de juro nas próximas duas reuniões.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) está a tentar conter a inflação mais elevada em quatro décadas sem atirar a economia para uma recessão. E após subir os juros em 50 pontos base no início de maio, naquela que foi a maior subida desde 2000 e a segunda deste ano, a maior parte dos responsáveis apoia a continuação desses aumentos, pelo menos, nas reuniões de junho e de julho.

As atas da reunião de 3 e 4 de maio, que agora foram divulgadas publicamente, mostram que a maioria dos membros do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) apoia a continuação da subida dos juros diretores — a taxa de referência está entre 0,75% e 1% — nas reuniões agendadas para os próximos dois meses.

“Muitos participantes consideraram que acelerar a remoção da política acomodatícia deixaria o comité bem posicionado no final deste ano para avaliar os efeitos da firmeza destas medidas e perceber até que ponto os desenvolvimentos económicos justificam ajustes nessa política”, lê-se neste documento.

Ao mesmo tempo, os responsáveis discutiram a possibilidade de o banco central dos EUA passar a ter uma política mais “restritiva” e que combatesse melhor a inflação, através de aumentos mais agressivos das taxas de juros. Embora tenham notado igualmente que isso pode prejudicar as perspetivas económicas e a recuperação do mercado de trabalho no país.

Na conferência de imprensa que se seguiu à última reunião, Jerome Powell já tinha adiantado que é do entendimento do comité que “aumentos de 50 pontos base devem estar em cima da mesa nas próximas reuniões”, em particular “nas próximas duas”. E dissera igualmente que, acalmando a procura dos agentes económicos – já que as ferramentas da política monetária não conseguem atuar do lado dos problemas da oferta –, é possível travar a inflação sem colocar a maior economia do mundo em recessão.

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