STCP anula prejuízos e sobe receitas em 1,4 milhões de euros em 2021
Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) passou de prejuízos de 12 milhões em 2020 para um lucro de 83 mil euros no ano passado, que foi o primeiro da empresa sob gestão intermunicipal.
A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) aumentou as receitas em 1,4 milhões de euros em 2021, passando também de prejuízos a um lucro de 83 mil euros, segundo as contas aprovadas em assembleia geral, divulgadas hoje.
“No ano de 2021 a receita de transporte foi de 33,5 milhões de euros, mais cerca de 1,4 milhões de euros face ao ano anterior, um aumento de 4,2%”, pode ler-se num comunicado da empresa enviado à comunicação social. Ainda assim, comparando com 2019, antes da pandemia de covid-19, “a receita de transporte representa cerca de 68%” do total desse ano.
Já relativamente ao resultado líquido, em 2021 foi positivo “no montante de 83 mil euros, apresentando um desagravamento de 12,1 milhões de euros (101%) face a 2020”. No ano anterior, a empresa então liderada por Manuel Queiró (hoje presidida por Cristina Pimentel) tinha registado prejuízos de cerca de 12 milhões de euros.
Em 2021, o resultado deveu-se “essencialmente, ao desagravamento do Resultado Operacional (EBIT), em 6,9 milhões de euros (70%), ao Resultado Financeiro nulo que, no ano anterior, tinha sido negativo em 2,5 milhões de euros e, ainda, à transferência dos acionistas”, os seis municípios (Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Maia, Matosinhos e Valongo) que partilham o capital da STCP.
Quanto aos rendimentos recorrentes antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), foram positivos “no montante de cerca de 4,2 milhões de euros, o que representou um desagravamento de 7,2 milhões de euros (240%) relativamente a 2020″, constatando-se “o retomar da tendência de EBITDA positivo que vinha a ser registada no período pré-pandemia, fruto das compensações financeiras verificadas”.
No ano passado, a empresa realça ainda que o valor do investimento realizado foi de 22,9 milhões de euros, 94% do qual respeitante “à aquisição de 81 autocarros a movidos a gás natural comprimido e cinco viaturas 100% elétricas”.
“Ficou, assim, concluída a segunda fase do Programa de Renovação da frota de autocarros da STCP que contribuiu para a descarbonização da operação da empresa que, no total das duas fases, permitiu a substituição de 274 viaturas, correspondendo a 65% da frota de autocarros”, refere a empresa.
Assim, no final de 2021, “a frota de autocarros da STCP é composta por 5% de veículos 100% elétricos, 79% movidos a gás natural comprimido e 16% a gasóleo”.
Quanto aos trabalhadores, no mesmo período o efetivo “era de 1.335 trabalhadores, excluindo órgãos sociais, requisitados e licenças sem vencimento, representando um reforço de dois trabalhadores, comparativamente com o ano 2020″.
A STCP transportou 51 milhões de passageiros em 2021, um aumento de 3,6% face aos 49,2 milhões transportados em 2020, segundo dados a que a Lusa teve acesso em 17 de fevereiro.
O capital e participações sociais da STCP foram transferidos, em 2021, do Estado para os municípios do Porto (53,69%), Vila Nova de Gaia (12,04%), Matosinhos (11,98%), Maia (9,61%), Gondomar (7,28%) e Valongo (5,4%).
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