Metro de Lisboa não faz horário prolongado em noite de santos populares
Na noite de Santo António, de 12 para 13 de junho, as linhas Verde e Azul passaram a ter o horário prolongado (depois das 01:00) mas este ano não irá acontecer.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa não fazem este domingo prolongamento de horário, como aconteceu nas noites de Santo António antes da pandemia de covid-19, devido à greve ao trabalho suplementar e eventos especiais no mês de junho.
Na noite de Santo António, de 12 para 13 de junho, as linhas Verde e Azul passaram a ter o horário prolongado (depois das 01:00) devido às festas populares, que voltam agora à rua depois de dois anos sem se realizarem, devido à pandemia. Mas este ano isso não vai acontecer.
Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), explicou que nos plenários realizados na véspera os trabalhadores do Metropolitano – que já realizaram este ano várias paralisações com suspensão do serviço – decidiram manter o pré-aviso de greve ao trabalho suplementar e aos eventos especiais durante o mês de junho, o que abrange a noite da festa.
“As organizações sindicais continuam disponíveis para encontrar a solução assim haja vontade política por parte da tutela ou indicações ao conselho de administração do metro”, disse então Anabela Carvalheira.
A sindicalista ressalvou que, apesar de naquela altura (quinta-feira) não estar assegurado o “serviço especial” na noite de Santo António e não se encontrar agendada qualquer reunião com a administração da empresa ou com a tutela, isso “não significa que a qualquer hora” não possam existir conversações. “Estamos [organizações sindicais] sempre disponíveis para isso”, acrescentou.
Em 27 de maio, a administração do Metro de Lisboa comprometeu-se a reduzir a oferta do serviço para não sobrecarregar mais o horário dos funcionários, adiantaram, na altura, os sindicatos representativos dos trabalhadores, à saída de uma reunião com o Governo.
Nesse dia, em que se cumpriu mais uma greve, quatro sindicatos estiveram reunidos com o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e com o presidente do conselho de administração, Vítor Santos.
“Acabou por ser assumido que o conselho de administração vai tentar fazer um esforço, a partir de segunda-feira [30 de maio], para nos apresentar uma proposta de um horário que venha reduzir a oferta e aliviar o peso que está sobre os trabalhadores operacionais, mas é insuficiente. Ficou de se ver também algumas respostas que ficaram pendentes e que seriam dadas durante a próxima semana”, apontou, na ocasião.
Anabela Carvalheira ressalvou, na altura, que a medida de redução da oferta será tomada pela empresa enquanto não existir um aumento do número de operacionais, situação que, para a sindicalista, é a origem dos “principais problemas que existem no Metropolitano de Lisboa”.
Ainda em maio, o ministro do Ambiente, que tutela os transportes urbanos, admitiu que o Metropolitano de Lisboa precisa de mais trabalhadores e disse que até ao final do mês de junho serão iniciados os procedimentos para as contratações.
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