Juros da dívida mergulham fundo com medidas anti-crise do BCE
Taxa italiana cai mais de 35 pontos base e já está abaixo da fasquia dos 4%. Juros portugueses e espanhóis recuam mais de 20 pontos e negoceiam aquém dos 3%.
As medidas de resposta à recente escalada dos juros da dívida anunciadas esta quarta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE) estão a levar a um afundanço nos taxas dos títulos da Zona Euro, com Itália, Portugal e Espanha a liderarem as quedas.
A yield das obrigações italianas a dez anos cai mais de 35 pontos base e está já a negociar nos 3,918%, abaixo da fasquia dos 4% que tinha ultrapassado na véspera e que fez soar os alarmes em Frankfurt.
Já as taxas associadas aos títulos portugueses e espanhóis nos mesmos prazos registam quedas expressivas de mais de 20 pontos: a portuguesa está agora a transacionar nos 2,883% (após os 3,106% no fecho de ontem) enquanto a espanhola cede para 2,889%.
Reunido de emergência esta quarta-feira, o conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) anunciou que vai avançar com o reinvestimento da dívida adquirida no programa de compras de emergência pandémica (PEPP), ao mesmo tempo que deu instruções para a criação daquilo que apelidou de ferramenta “anti-fragmentação” para travar uma nova crise da dívida na Zona Euro.
“O Conselho do BCE decidiu mandatar os comités relevantes do Eurosistema, juntamente com os serviços do BCE, para acelerar a conclusão da conceção de um novo instrumento anti-fragmentação para apreciação do Conselho do BCE”, adiantou a instituição sem dar mais detalhes.
O BCE lembrou que desde que começou o processo de normalização da política monetária no final do ano passado que ia agir contra os riscos de fragmentação na Zona Euro, que estavam agora a emergir.
Ao final da tarde em Lisboa, a Reserva Federal norte-americana poderá anunciar uma subida de 75 pontos base dos juros diretores.
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