BRANDS' ECOSEGUROS Programas de seguros internacionais de património e responsabilidades

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  • 4 Julho 2022

Estes programa talvez não sejam sempre a melhor solução para uma empresa multinacional a operar em Portugal, explica Francisco Leitão, CEO da Amplitude Seguros.

Existindo um elevado conhecimento técnico do corretor local, uma forte articulação com o risk manager da empresa mãe e com a gestão local, apólices locais independentes podem resultar em importantes vantagens, sem comprometer a política gestão risco global definida pela multinacional.

Novas empresas internacionais a operar em Portugal ou empresas portuguesas adquiridas por multinacionais optam cada vez mais, através de negociações centralizadas e exclusivas da sua casa mãe e dos respetivos brokers master, por incluir os riscos em Portugal nas apólices master no país de origem, em regime DIC/DIL. Ou seja, assegurando a diferença de limites e condições nestas apólices, mas não prescindindo de apólices locais emitidas em Portugal, através dos escritórios da seguradora em Portugal, caso existam ou via seguradora da respetiva network.

Francisco Leitão, CEO da Amplitude Seguros.

Esta é uma tendência dos últimos anos que no contexto atual, pode não se revelar a estratégia mais assertiva. A questão que se coloca é que estes programas são negociados pela empresa no país onde esta possui os headquarters através do broker master, com definição dos capitais globais na apólice master, capitais que funcionam em excesso. E pela definição de capitais por geografia, num contexto de hard market europeu, ao nível dos prémios de risco em seguros de património e responsabilidades decorrentes da necessidade de transferência de risco para resseguro, devido aos elevados volumes de capital em risco. Constata-se que estas soluções estruturadas de programas internacionais, em determinadas situações, podem não ser a melhor opção para as empresas.

"Apólices locais independentes podem resultar em importantes vantagens, sem comprometer a política gestão risco global definida pela multinacional.”

Francisco Leitão

CEO Amplitude Seguros

O mercado segurador português possui bons clausulados, em alguns casos, como são exemplo os seguros de património. Existem inclusivamente soluções de estrutura de clausulado all risks, este facto conjugado com capitais seguros na geografia, local de risco Portugal que não ultrapassem a capacidade de cobertura do risco a 100% por uma seguradora portuguesa ou que não exceda o tratado de resseguro da seguradora em Portugal, resulta que uma apólice negociada e contratada em Portugal pode ter um pricing mais económico, em alguns casos com diferencial de taxas significativamente inferiores.

Este facto, acrescido do tema do nível de transferência de risco, traduzido nas franquias em que num programa internacional, com emissão de apólice local, são tendencialmente mais elevadas, pode resultar que uma apólice totalmente negociada e subscrita em Portugal através de um broker local, desde que assegurada uma estreita colaboração com o risk manager global da empresa e com a gestão local na avaliação dos riscos, nível de transferência de riscos a implementar de acordo com as diretrizes da casa mãe, materializada nas coberturas e/ou derrogação de eventuais exclusões, pode resultar numa alternativa credível, sólida e robusta aos programas multinacionais tradicionais, inclusivamente defendendo melhor os interesses das multinacionais.

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