Só 3% das empresas vai reduzir número de carros aos trabalhadores

Teletrabalho começa a mudar políticas de mobilidade nas empresas portuguesas, mas as soluções alternativas ainda são encaradas como um complemento à frota automóvel, e não como um substituto.

A esmagadora maioria das empresas portuguesas (96%) prevê manter ou aumentar a frota automóvel nos próximos três anos, com apenas 3% a antecipar um decréscimo no número dos automóveis a disponibilizar aos colaboradores, apesar do surgimento de cada vez mais soluções alternativas de mobilidade nas cidades.

De acordo com um inquérito da Arval, na lista de motivos para manter ou reforçar a frota estão o crescimento da empresa e o desenvolvimento de uma nova atividade em que são necessárias viaturas (47%) e “necessidades ligadas aos recursos humanos, como recrutamento de talentos e/ou retenção de colaboradores” (30%). E quase uma em cada quatro pondera propor viaturas a colaboradores sem prévia elegibilidade para viaturas de empresa.

Já o trabalho remoto parece estar a motivar mudanças na política de mobilidade das empresas, com 25% a dizer que já o fez ou planeia fazer e, entre essas, mais de 40% diz já ter alterado a política de frota em termos de quilometragem utilizada ou nos modelos de viaturas. Por outro lado, assinala num comunicado de imprensa, 27% já se encontra a desenvolver soluções de mobilidade alternativa e 8% oferece-as a colaboradores não elegíveis para viaturas da empresa.

No entanto, essas soluções ainda são vistas como um complemento à frota automóvel, e não como um substituto. A maioria das inquiridas diz usar, pelo menos, uma destas alternativas ao carro da empresa: transportes públicos; viaturas partilhadas; serviço TVDE; aplicação de plafond de mobilidade; acesso a viatura com dedução no vencimento; utilização de motos, bicicletas normais ou elétricas; ou o aluguer de médio prazo.

Como é que atualmente são feitas as deslocações casa-trabalho em Portugal? De automóvel particular (56%), em transportes públicos (28%), ou através da partilha de viaturas (14%), conclui o Barómetro Automóvel de Mobilidade 2022, divulgado esta segunda-feira.

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