Portugal já é o segundo maior empregador da Euronext

Com a inauguração do novo centro tecnológico no Porto, Portugal assume o segundo lugar em termos de emprego da plataforma Euronext, logo atrás de França. Novo centro emprega 115 pessoas.

O centro tecnológico da Euronext no Porto, inaugurado esta quarta-feira com a presença do primeiro-ministro, António Costa, faz de Portugal o segundo maior empregador da plataforma, logo atrás de França com cerca de 200 colaboradores. A informação foi avançada pelo presidente do conselho de administração da Euronext, Stéphane Boujnah.

O Euronext Tecnologies, nome do novo centro, foi deslocalizado de Belfast para a cidade do Porto e emprega para já 115 pessoas, devendo a breve prazo chegar às 140.

O presidente da Euronext justifica a deslocalização da cidade irlandesa para Portugal, mais concretamente para a cidade do Porto, com a necessidade das “operações-chave estarem localizadas nos principais países Euronext, e Portugal é um deles”. E acrescenta: “em Belfast tínhamos a equipa certa na localização errada”.

Mas essa não foi a única razão apontada por Boujnah. “O talento dos pós-graduados em Portugal, em geral, e no Porto e arredores, em concreto, nomeadamente nas engenharias é impressionante”. A juntar a isto há ainda o facto “destes grandes talentos serem ao mesmo valor ou até mais baratos” do que em Belfast.

"O talento dos pós-graduados em Portugal, em geral, e no Porto e arredores, em concreto, nomeadamente nas engenharias é impressionante””

Stéphane Boujnah

Presidente do conselho de administração da Euronext

Também a pesar na decisão, confessou o presidente da Euronext, esteve o fato de no Porto estar já localizada a Interbolsa, o que acontece há 15 anos. A Interbolsa, acrescenta Boujnah, “assenta em três pilares fundamentais: a inovação, a tecnologia, o empreendedorismo e o seu dinamismo na implementação do Target to Securities junto do Banco Central Europeu é reconhecido pelos vários agentes do mercado”.

O Euronext Tecnologies para além de ter envolvido pessoas de todas as localizações da Euronext e de todos os departamentos tem ainda a particularidade de que todas as operações de IT e gestão de serviço de IT serem asseguradas pelo Porto, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Stéphane Boujnah adiantou ainda que “também a parte de engenharia informática e as equipas especializadas em End User Computing que suportam as atividades do dia-a-dia são desempenhadas a partir daqui do Porto”. Ainda no Porto é feito o desenvolvimento de software ligado às soluções de mercado do projeto Optq, para além dos projetos ligados à Cyber-segurança.

O presidente da Euronext referiu ainda que a estratégia da plataforma que reúne as bolsas de Lisboa, Paris, Amesterdão e Bruxelas passa “por também fazer crescer a Euronext Lisboa”. Para isso assegurou é preciso que o esforço comercial em Lisboa se torne mais relevante de modo a captar as empresas portuguesas. Sem esquecer, as empresas familiares, onde acrescentou “existem imensos casos de sucesso em Portugal”.

Já o presidente da Euronext Lisboa, Paulo Rodrigues da Silva, que está no cargo há meia dúzia de dias, depois de suceder a Maria João Carioca destacou que ” estes 140 profissionais vão colaborar na operação de desenvolvimento dos sistemas de negociação para todas as localizações Euronext”.

"estes 140 profissionais vão colaborar na operação de desenvolvimento dos sistemas de negociação para todas as localizações Euronext”.”

Paulo Rodrigues da Silva

Presiente do conselho de administração da Euronext em Portugal

Paulo Rodrigues da Silva destacou que este investimento do grupo Euronext em Portugal só “é possível por estarmos integrados num grupo de bolsas, líder na Europa”. E realçou: “a integração da Bolsa Portuguesa no grupo Euronext, há cerca de 15 anos, foi uma decisão estratégica que constituiu um fator decisivo para a internacionalização do mercado de capitais nacional e de atração de investimento estrangeiro“.

Para o novo presidente da bolsa de Lisboa “o peso dos investidores estrangeiros nas transações na bolsa portuguesa, que no ano 2000 era diminuto, aumentou cerca de 70%. Relativamente aos investidores do mercado, 85% são membros que negoceiam a partir de outros países”.

“Porto é um grande destino para o investimento”

O primeiro-ministro por seu turno, enalteceu o facto de o Porto não ser “apenas o melhor destino turístico, é um grande destino para o investimento e para o investimento tecnológico”. Para António Costa este novo centro tecnológico no Porto demonstra bem que “hoje é essencial ter boas infraestruturas de comunicação e elevado talento para atrair investimentos desta natureza”. Costa afirmou ainda estar orgulhoso porque este centro tecnológico “dá suporte à bolsa em Portugal, mas também a Paris, Bruxelas e Amesterdão”.

Costa disse ainda que numa altura em que a Europa discute as geometrias variáveis é importante que se saiba que “Portugal e o Porto estarão nessas geometrias”. E aproveitou para deixar o recado: “é preciso reforçar o projeto europeu porque só assim reforçamos a nossa competitividade”.

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