Economia cresce 6,7% este ano e aterra para 1,2% em 2023, prevê o CFP
O Conselho das Finanças Públicas está otimista em relação ao crescimento da economia este ano. Já para 2023, é a instituição que apresenta as previsões mais baixas.
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) publicou esta quinta-feira as previsões para a economia portuguesa até 2026. Este cenário macroeconómico é apresentado numa base de políticas invariantes, o que quer dizer que não considera naturalmente medidas que o Governo venha a tomar, nomeadamente no Orçamento do Estado para 2023.
Se para este ano as notícias sobre a economia portuguesa são boas, para o ano, nem por isso. Este ano, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral prevê um crescimento do PIB de 6,7%, um valor até superior aos 6,4% com que o Governo está a trabalhar.
Diz o CFP que esta previsão é suportada, “em larga medida, pelo forte desempenho, no primeiro semestre, das exportações de serviços e do consumo privado, beneficiando de um quadro de poupança ainda acima da média histórica”.
Para 2023, a história é outra. O CFP prevê um crescimento do PIB, mas bastante mais contido, de apenas 1,2%, “fruto da persistência das pressões inflacionistas, com consequências negativas para o consumo privado, e do abrandamento da atividade económica externa”. Para este ano, o CFP está a prever uma inflação de 7,7% e para o próximo ano de 5,1%.
1,2% é a previsão mais baixa até agora apresentada para a economia portuguesa. Para 2023, a Comissão Europeia prevê um crescimento de 1,9%, o FMI 1,9%, o Banco de Portugal 2,6% e a OCDE 1,7%.
Na conferência de imprensa de apresentação do relatório, a presidente do CFP não afastou o cenário de uma recessão. “Não é de excluir uma recessão. O cenário que temos é um cenário prudente face à informação que dispomos”, disse Nazaré da Costa Cabral.
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