Concertação social segue em reuniões bilaterais esta sexta-feira. UGT e CIP confiantes num acordo
Novas reuniões estão marcadas para esta sexta-feira para "clarificações" sobre algumas das propostas avançadas pelo Governo aos parceiros sociais. UGT e CIP acreditam num compromisso.
Depois de duas horas e meia de reunião com os parceiros sociais, em sede de concertação social, estão marcadas para esta sexta-feira novas reuniões bilaterais com o Governo. A CGTP, o primeiro parceiro a sair do encontro, avançou que há “clarificações” que tem de ser feitas depois do executivo ter apresentado novas propostas para o acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade.
A intersindical indicou, no final da reunião desta quinta-feira, que os trabalhadores têm “razões acrescidas para sair à rua no dia 15”, uma vez que os aumentos no setor privado “não se aplicam por decreto”. Mais otimista, a UGT acredita que se está “mais próximo de um acordo”, depois de ver algumas propostas do sindicato refletidas no documento do Governo. “Há caminho para um compromisso”, disse o dirigente Mário Mourão, que adianta já ter convocado os órgãos do sindicato para avaliarem em conjunto esta proposta.
Também António Saraiva registou o “caminho positivo” e, ainda que haja “pormenores” a discutir – como a quantificação de algumas medidas –, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) está “esperançoso” na aceitação deste texto do Governo.
Francisco Calheiros, da Confederação do Turismo de Portugal, assinalou “as melhorias” e os “passos importantes” da nova proposta do executivo socialista face à anterior, apresentada na passada quarta-feira. Apesar de criticar a forma da negociação, em contrarrelógio, e ainda querer esclarecer as medidas relacionadas com o Fundo do Compensação do Trabalho e IRC, Calheiros acredita que seja possível um acordo de princípio até domingo depois de ouvidos os associados.
Já João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), está “apreensivo” e não aceita ser “pressionado” para assinar um acordo antes do Orçamento do Estado para 2023. Alguns detalhes, sobretudo os que tem impacto nos transportes, têm de ser esclarecidos, nota a CCP.
No final da reunião, a ministra Ana Mendes Godinho voltou a dizer que a reunião foi “produtiva” num processo “intenso e profundo”, que tem como objetivo “um acordo que sirva o país”, os trabalhadores e as empresas.
(atualizado pela última vez às 22h00)
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