7 dicas para celebrar o Dia Mundial da Poupança

Da compra do carro às contas bancárias, do planeamento das próximas férias à escolha do melhor cartão de crédito, o ECO ajuda-o a poupar milhares de euros e a fortalecer as suas finanças pessoais.

A poupança das famílias portuguesas está longe de estar de boa saúde. A subida da inflação e o aumento das taxas de juro tem criado uma enorme pressão sobre os orçamentos familiares e provocado uma queda a pique da taxa de poupança que, segundo o Boletim Económico de outubro do Banco de Portugal, deverá cair de 9,8% em 2021 para 4,9% no final deste ano.

No Dia Mundial da Poupança, uma data que se assinala em Portugal desde 1969, o ECO foi à procura de soluções capazes de ajudar as famílias a aumentar os níveis de poupança e assim melhorar a saúde das suas finanças pessoais.

  • 🏠 Casa

Negocie o seu crédito à habitação
Quem tem crédito à habitação está constantemente a fazer contas à subida das taxa de juro. Não é para menos: um crédito à habitação a 30 anos indexador à taxa Euribor de 12 meses com um spread de 1,2% que seja revista no início de novembro vai contar com uma subida de 51% da prestação da casa. Na carteira das famílias, isto traduz-se num aumento de 159 euros por cada 100 mil euros de financiamento. Antes que o crédito à habitação se transforme num problema, procure negociar as condições com o banco. A revisão de apenas 0,1 pontos percentuais no spread vale uma poupança de quase 70 euros ao final do ano, num crédito à habitação de 100 mil euros indexado à Euribor a 12 meses com spread de 1,2% a 30 anos. Mas não se fique pelo spread. Negocie os seguros do crédito. Contratá-los numa seguradora fora do banco pode valer poupanças acima dos 30%, só com a renegociação do seguro de vida. Se o seu banco não se mostrar disponível para qualquer negociação, procure outras soluções noutras instituições.

  • 💡 Eletricidade

Encontre a solução mais económica para o seu consumo
A oferta de soluções no mercado de eletricidade em Portugal para as famílias é bastante extensa e apresenta uma enorme amplitude de preços. De acordo com a ERSE, são 28 os comercializadores que disponibilizam soluções para a generalidade dos consumidores domésticos. E segundo uma análise do ECO às tarifas e propostas disponíveis nos sites de todos os comercializadores, é também marcada por uma enorme amplitude de preços entre as diferentes ofertas. Por exemplo, para uma potência contratada de 6,9 quilovolt-amperes (kVA) e um consumo de 5000 quilowatts-hora (kWh) por ano (consumidor-tipo de uma família com dois filhos, segundo a ERSE), a diferença entre a proposta mais elevada do mercado e a mais económica é de quase 900 euros anuais. A forma mais fácil de encontrar a proposta mais económica para a sua situação é através do simulador da ERSE. Se encontrar uma oferta mais económica face ao que está a pagar, mude de comercializador. Só há mais uma coisa a ter em atenção antes de mudar de fornecedor de eletricidade.

  • 🏦 Banco

Contas bancárias a zero euros
Parece mentira, mas há bancos que não cobram qualquer euro para guardar o seu dinheiro nem cobram qualquer comissão quando o quiser transferir para outra conta. É disso exemplo o ActivoBank e o Banco Best, e os bancos digitais como o Openbank (do Santander Totta), o Moey! (do Crédito Agrícola), a Revolut e a N26. Se ainda não for cliente de nenhum destes bancos porque tem uma espécie de ligação emotiva ao seu “banco de sempre” ou sofrer da maleita da procrastinação que o prende a nem sequer ponderar mudar de banco, pode sempre domiciliar o ordenado ou a pensão de reforma. Grande parte dos bancos elimina a comissão de manutenção de conta por troca da domiciliação do seu rendimento. E se tiver apenas uma conta à ordem pode convertê-la para uma conta de serviços mínimos e poupar uma boa bagatela. Através desta conta, o seu banco dá-lhe acesso aos produtos e serviços bancários essenciais (homebanking, débitos diretos, cartão de débito, levantamentos, transferências e pagamentos) por um encargo máximo de 4,43 euros por ano. Esse custo é equivalente a 1% do Indexante dos Apoios Sociais (que atualmente está nos 443 euros). Contudo, a maioria dos bancos não cobra a comissão máxima e muitos até isentam os seus clientes.

  • 💳 Cartão de crédito

O melhor cartão não tem anuidade e dá descontos
Os cartões de crédito são o segundo instrumento de pagamento com mais custos para os consumidores, segundo o Banco de Portugal. Em 2017, cada transação com o cartão de plástico custo 2,56 euros, apenas foi superado pelo cheque (3,42 euros). Grande parte deste custo prende-se com a anuidade do cartão, que pode superar os 300 euros. Numa oferta de quase 200 cartões há alguns que não cobram qualquer anuidade e ainda oferecem descontos. É o caso do Black Plus da Cetelem: além de não ter anuidade e não cobrar taxas em gasolineiras nem em compras no espaço económico europeu, devolve 3% do valor gasto em compras (o chamado cash-back) realizadas em supermercados, gasolineiras e restaurantes até 120 euros por ano. Mas tão ou mais importante que escolher um cartão com estas características é saber usá-lo. E isso significa optar sempre pelo pagamento do saldo em dívida a 100%. Desta forma evita o pagamento de juros que, de acordo com o regime de taxas máximas do Banco de Portugal para o terceiro trimestre deste ano pode traduzir-se numa TAEG máxima de 15,9%.

  • 🚗 Automóvel

Compre um usado e conduza-o até ser uma “lata velha”
Assim que saem do stand, os automóveis perdem entre 20% e 30% do seu valor comercial. Três anos depois, a desvalorização pode chegar aos 50%. Olhando para estes números, e mesmo já considerado que a pandemia tenha gerado uma ligeira valorização dos usados, facilmente se percebe que comprar um carro após os primeiros três anos de estrada revela-se num grande negócio: é só deixar os primeiros quilómetros, que são os mais caros, a cargo do primeiro comprador. Naturalmente que será sempre necessário fazer uma avaliação do estado do automóvel antes de consumar o negócio, mas dificilmente os modelos mais recentes apresentam problemas mecânicos antes de o conta-quilómetros chegar aos seis dígitos. Se tiver dúvidas, procure fazer uma avaliação numa oficina especializada aos órgãos vitais do veículo, ou opte por comprar um usado com garantia.

  • 📱Tecnologia

Resista de correr a comprar o último iPhone
O princípio de comprar um aparelho eletrónico usado é o mesmo que é aplicado na compra de um carro usado: a novidade sai sempre mais caro à carteira, apesar de ao nível do usufruto não haver diferenças. Assim, o segredo está em deixar o mercado “arrefecer” e aproveitar para comprar um dos modelos abaixo da nova versão que saiu para o mercado e preferencialmente um produto recondicionado. No mundo dos iPhones, isso significa uma poupança até 50% face ao valor de mercado do equipamento, ao comprar o equipamento numa loja especializada, como seja a Fnac, Worten, iService ou Foral Phones, que ainda oferecem garantia até cinco anos sobre os equipamentos. Além disso, ao comprar um produto recondicionado está a promover a economia circular e a contribuir para reduzir o lixo eletrónico no planeta. E isto é válido para qualquer tipo de bem. A Amazon tem inclusive uma secção na sua plataforma que permite comprar todo o tipo de artigos recondicionados que oferecem uma poupança até 80%.

  • ✈️ Férias

Quanto mais cedo planear a próxima viagem melhor
As companhias aéreas permitem, de uma forma geral, comprar os bilhetes de avião até 12 meses de antecedência. É o tempo suficiente para fazer um planeamento eficaz das próximas férias, que ficará sempre mais leve na carteira quanto mais cedo comprar os bilhetes de avião e reservar o hotel. Todos os anos várias plataformas de reserva de bilhetes de avião publicam estudos que apontam para o “melhor dia para viajar” ou o “melhor dia para comprar os bilhetes de avião”. Uma dessas plataformas é a Cheap Air, uma plataforma que diariamente analisa centenas de voos e mais de oito mil rotas. Este ano, as conclusões da Cheap Air apontam para que os voos mais económicos para as férias de verão sejam comprados com 42 dias de antecedência e os voos para as férias de inverno devam ser adquiridos com 110 dias de antecedência. Todavia, nenhum destes dados deve ser analisado com uma certeza absoluta, pois todos os anos varia em função de uma série de condicionantes do mercado. O único dado objetivo é que quanto mais cedo planear as suas férias melhor.

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