ASF e Universidade do Minho estudam poupança de longo prazo
A análise dos hábitos de poupança a longo prazo para a reforma na população portuguesa foi motivada pela relevância crescente do tema e pela influência regulamentar e de supervisão atribuída à ASF.
Tendo em conta a relevância económica e social da poupança de longo prazo para a reforma e as competências de regulação e supervisão atribuídas à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) no âmbito dos seguros de poupança e dos fundos de pensões, esta matéria motivou um estudo aprofundado sobre a população portuguesa.
A ASF estabeleceu, com a Universidade do Minho, um acordo de cooperação para a realização de um estudo alargado sobre o tema da poupança, que inclui, numa primeira fase dos trabalhos, um inquérito à população portuguesa sobre a poupança de longo prazo para a reforma, incluindo as necessidades, os hábitos e as motivações no planeamento da reforma.
O inquérito tem como principais objetivos caracterizar a população que poupa para a reforma, incluindo comportamentos e hábitos de poupança de longo prazo; avaliar os conhecimentos sobre os regimes de reforma e sobre os produtos financeiros de poupança de longo prazo; avaliar as motivações para a poupança para a reforma e percecionar o domínio do contexto institucional, ao nível regulatório e de supervisão.
A poupança de longo prazo para a reforma em Portugal é também um dos temas em destaque na Conferência Anual ASF 2022, que se realiza no próximo dia 17 de novembro, no Centro Cultural de Belém. Foi organizado um painel dedicado ao tema, composto por um conjunto de especialistas e personalidades de relevo, onde serão apresentados os resultados do inquérito.
Para além da apresentação e do debate no quadro da Conferência Anual ASF 2022, o estudo conduzido pela Universidade do Minho constituirá uma ferramenta de trabalho para a ASF, nomeadamente na caracterização da realidade atual e na melhoria da qualidade e maior eficácia do quadro regulatório e atividade de supervisão.
Portugal apresenta um perfil de poupança dos particulares relativamente baixo, fator que, conjugado com a pressão demográfica sobre os sistemas públicos de pensões, coloca em destaque a importância da poupança de longo prazo para a reforma.
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