Governo britânico vai avançar com reformas de seguradoras
Governo britânico vai avançar com reformas, em Londres, que pretendem "libertar milhares de milhões de libras de investimento na economia".
Após anos de intenso debate entre reguladores, seguradoras e Tesouro, Jeremy Hunt confirmou, na passada quinta-feira, que o governo britânico vai avançar com reformas na City of London que pretendem “libertar milhares de milhões de libras de investimento na economia”.
O plano, divulgado antes das declarações de Jeremy Hunt, e ainda com detalhes por esclarecer, poderá significar que as seguradoras poderão direcionar “mais de 100 mil milhões de libras” para infraestruturas e energia verde durante dez anos, segundo Hannah Gurga, diretora-geral da Associação das Seguradoras Britânicas.
A alterações à Solvência II, que o Reino Unido herdou da UE, serão acrescentadas à Lei de Serviços e Mercados Financeiros do Reino Unido. O passo reduz a margem de capital das seguradoras, conhecida como margem de risco, em 65% para as seguradoras do ramo vida e 30% para as seguradoras em geral. “O setor provavelmente queria que fôssemos um pouco mais longe”, disse o Ministro do Tesouro, James Cartlidge, em entrevista à Bloomberg.
A mudança é parte das tentativas do governo britânico para reformular a regulamentação financeira depois do Brexit. Referindo-se aos benefícios da desregulamentação ‘Big Bang’ de 1986 do ex-chanceler Nigel Lawson da City of London, Hunt disse que estava em curso um “ambicioso programa de reformas” para a indústria dos serviços financeiros em geral.
As medidas podem incluir uma maior desregulamentação das regras sobre listas e comércio, a redução do regime Mifid da UE, incluindo restrições na forma como a investigação das empresas é paga e impulsos para as fintechs.
O Tesouro considerou revelar algumas das especificidades com o seu programa de austeridade na quinta-feira, mas adiou para garantir que a atenção se concentrasse nos seus esforços para reconstruir as finanças públicas. Espera-se que um programa de reforma de Londres seja anunciado em breve.
Um tema que gera discussão é o poder de intervenção do governo sobre os reguladores. Agora que o Tesouro selou finalmente um acordo com o PRA sobre a Solvência II, alguns acreditam que o assunto pode ser posto de parte ou mesmo descartado.
“Temos de nos manter fiéis à missão de fazer do Reino Unido o centro financeiro global mais inovador e competitivo do mundo”, disse Jeremy Hunt, em declarações.
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