Ucrânia alerta para risco de novos bombardeamentos russos contra abastecimento de água e energia
Navio russo no Mar Negro deixa Ucrânia em alerta para novo bombardeamento de infraestruturas críticas ao abastecimento de água e energia. Dados apontam para 329 crianças desaparecidas no país.
As autoridades ucranianas alertaram a população esta segunda-feira para o risco de uma nova vaga de bombardeamentos russos.
Segundo a porta-voz do comando sul do exército ucraniano, Natalia Humeniuk, citada pela AFP, “é altamente provável que o início da semana seja marcado por tal ataque”.
Entre os potenciais alvos estão infraestruturas críticas que poderão afetar o fornecimento de água e energia, particularmente na capital, Kiev.
Em causa está a presença de um navio russo no Mar Negro, “um portador de mísseis de superfície que transporta oito mísseis do tipo Kalibr”, referiu a porta-voz. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já advertiu no passado domingo em como esta semana pode ser “tão difícil” como a anterior, referindo-se aos bombardeamentos que provocaram cortes de energia no país, onde as temperaturas estão a descer.
A marcar o arranque desta semana no conflito estão também dados do gabinete do procurador-geral da Ucrânia que apontam para 329 crianças atualmente desaparecidas, noticia o The Guardian. Os dados de 28 de novembro apontam ainda para 12.034 crianças deportadas e 7.819 já encontradas. No entanto, o gabinete alerta que estes dados não são finais.
Segundo um portal do governo ucraniano, 440 crianças morreram desde o início da invasão e 851 foram feridas. Já os dados do gabinete do procurador-geral da Ucrânia apontam para um total de 1.291 crianças mortas, com os maiores números a serem registados nas regiões de Donetsk, Kharkiv e Kiev.
Do outro lado do Atlântico, o Pentágono norte-americano está a considerar uma proposta da fabricante aérea Boeing para o fornecimento à Ucrânia de bombas de precisão mais acessíveis. Caso a proposta avance, este armamento dará à Ucrânia mais força de ataque contra as forças russas e poderá ser entregue na primavera de 2023.
Com o decorrer da guerra, o stock militar norte-americano e dos aliados está a encolher, pelo que a proposta atual procura assegurar “quantidade a um custo barato”, refere Tom Karako, especialista em armas e segurança do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, nos EUA. Segundo fontes citadas pela Reuters, a proposta da Boeing é apenas um de seis planos destinados à produção de munições para a Ucrânia e outros países aliados no leste europeu.
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