Dormidas aumentaram 97,3% até outubro, mas ainda estão abaixo dos níveis pré-pandemia
No conjunto dos primeiros dez meses de 2022, as dormidas aumentaram 97,3%, mas comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 1,6%.
Até outubro, o número de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico cresceu 97,3% face aos primeiros dez meses de 2022, com os aumentos de 23,7% nos residentes e de 177,9% nos não residentes. Porém, em relação ao mesmo período de 2019, as dormidas registaram um decréscimo de 1,6% devido a um recuo de 6% das dormidas de não residentes (as de residentes cresceram 9%), avança o Instituto Nacional de Estatística (INE)o nos dados da Atividade Turística relativos a outubro.
O setor do alojamento turístico registou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em outubro, correspondendo a variações homólogas de +23,4% e +23,5%, respetivamente (+41,1% e +37,2% em setembro, pela mesma ordem). Face a outubro de 2019, verificaram-se crescimentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente.
No mês em análise, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas e o mercado externo com 4,9 milhões, o que representa, respetivamente, um decréscimo de 2,7% e um aumento de 3,7% face ao mesmo período de 2021. Comparando com outubro de 2019, as dormidas de residentes aumentaram 21% e as de não residentes cresceram 1,5%. Outubro, aliás, foi o mês que registou o maior crescimento de dormidas de não residentes face a 2019, nota o INE.
Também as dormidas superaram os valores de 2019 em todos os segmentos de alojamento. Na hotelaria — hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos, aldeamentos turísticos, pousadas e quintas da Madeira –, aumentaram 23,4% em outubro face ao mesmo mês de 2021 (+6,1% face a outubro de 2019), o que corresponde a um peso de 83,4% no total de dormidas.
No caso dos estabelecimentos de alojamento local, embora as dormidas tenham registado um crescimento homólogo maior (+28,4%) do que no segmento de hotelaria, têm um peso no total de dormidas de apenas 13,3%, sendo que estas aumentaram 0,6% em relação a outubro de 2019. O turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,2%), por sua vez, teve o menor aumento (+9%) dos três segmentos de alojamento no mês em análise, mas registou o maior crescimento (+45,2%) face a outubro de 2019.
Todas as regiões registaram aumentos de dormidas, com o Algarve a concentrar 28,2% do total, seguido da Área Metropolitana de Lisboa (26,6%) e o Norte (16,5%). Porém, na comparação com os níveis pré-pandemia, apenas o Algarve registou um decréscimo (-1,3%), enquanto a Madeira e os Açores tiveram os maiores aumentos (+25% e +17,5%, respetivamente).
Mercado norte-americano disparou quase 40% face a outubro de 2019
O turismo de norte-americanos em Portugal continua a crescer. Em outubro, de acordo com os dados do gabinete estatístico, o número de dormidas de norte-americanos registou um aumento de 39,5% em relação ao mesmo mês de 2019, representando 8,8% do total de dormidas de não residentes.
Já o mercado britânico diminuiu 1,7% relativamente a outubro de 2019, embora tenha uma quota de 20,8% do total das dormidas de não residentes em outubro. As dormidas de hóspedes alemães (peso de 12%) registaram a segunda maior diminuição no grupo dos 17 principais mercados emissores (-10,2%) face ao período pré-pandemia, enquanto o mercado brasileiro registou o maior decréscimo (-15,3%).
(Notícia atualizada pela última vez às 12h11)
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