Depósitos crescem ao ritmo mais lento desde maio de 2020
O volume de depósitos das famílias cresceu apenas 0,1% em novembro. Há mais de uma década que não registada um crescimento tão reduzido.
No final de novembro de 2022, os depósitos de particulares nos bancos totalizavam 182,3 mil milhões de euros e os das empresas 64,8 mil milhões de euros, refere esta quinta-feira o Banco de Portugal.
“Os depósitos de particulares aumentaram 0,2 mil milhões de euros relativamente a outubro, crescendo 5,8% em relação a novembro de 2021 (7,0% no mês anterior)”, refere a entidade liderada por Mário Centeno. Trata-se de uma evolução mensal de apenas 0,1%, a mais lenta desde maio de 2020.
Evolução dos depósitos das famílias
Fonte: Banco de Portugal.
Nas empresas, o volume de depósitos contabilizou mesmo um decréscimo de 300 milhões de euros em relação a outubro, e crescido 7,8% relativamente a novembro de 2021 (9,8% no mês anterior).
Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal notam ainda um desaceleramento dos empréstimos, particularmente do crédito à habitação, que registou um abrandamento pelo quarto mês consecutivo.
Os empréstimos ao consumo totalizavam 20,7 mil milhões de euros, o que reflete um crescimento de 5,8% relativamente a novembro de 2021 (6,0% no mês anterior).
Crédito às famílias está a abrandar
Fonte: Banco de Portugal.
No final de novembro, o banco central revela que o montante total de empréstimos para habitação era de 100,2 mil milhões de euros, mais 0,1 mil milhões de euros do que no final de outubro.
No setor empresarial, a concessão de crédito registou mesmo uma correção, com o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas a atingir os 75,9 mil milhões de euros em novembro, menos 0,2 mil milhões de euros do que no final de outubro.
Esta evolução corresponde a um crescimento de 0,8% em relação a novembro de 2021. No mês anterior, o crescimento tinha sido de 1,1%.
“Esta desaceleração foi mais expressiva nas pequenas empresas e nos setores das indústrias extrativas, das atividades de consultoria, científicas, técnicas e administrativas e das indústrias transformadoras.”
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Depósitos crescem ao ritmo mais lento desde maio de 2020
{{ noCommentsLabel }}