“Estabilidade política é fundamental para desenvolvimento do país”, diz CIP
António Saraiva disse que "episódios que atrasem, que reduzam a eficácia" e que gerem "fragilidade" à estabilidade política causam "perturbação".
O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, defendeu esta quinta-feira ser fundamental “estabilidade política” para o desenvolvimento do país, em reação à atual polémica relacionada com a TAP que levou à demissão de três governantes.
António Saraiva falava aos jornalistas no final de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, no âmbito das audiências aos parceiros sociais. O presidente da CIP disse que o tema da TAP não foi abordado na reunião com o chefe de Estado, tendo António Saraiva considerado que “o senhor Presidente da República é um otimista por natureza e resoluções rápidas existem sempre, até porque os tempos exigem resoluções rápidas”.
Saraiva lembrou que a CIP assinou na Concertação Social um acordo de competitividade e rendimentos “celebrando aí o pilar da estabilidade social” e acrescentou que “o outro pilar fundamental para o desenvolvimento do país é o pilar da estabilidade política”. Para o presidente da CIP, “episódios que atrasem, que reduzam a eficácia” e que gerem “fragilidade” à estabilidade política causam “perturbação” e adiam no tempo “decisões que são urgentes de serem tomadas”.
“Quanto mais tempo as adiarmos por episódios internos político-partidários, quanto mais tempo essa estabilidade política estiver comprometida, mais tarde realizaremos estes objetivos e é essa a dimensão que nos preocupa”, concluiu António Saraiva.
A CIP entregou ao chefe de Estado um documento sobre a atual situação económica e social e perspetivas para 2023, onde defende igualmente a necessidade de haver “condições de estabilidade política, que permitam definir e implementar as reformas estruturais necessárias e assegurem a previsibilidade essencial para as empresas e o país”.
No documento, a CIP defende que “o crescimento deve ser a prioridade para Portugal” e exige “uma atitude diferente para com as empresas”, considerando que fortalecimento da estrutura financeira das empresas “é vital para a competitividade”.
O Presidente da República recebeu antes a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e a CGTP, tendo na quarta-feira recebido no Palácio de Belém a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a UGT.
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