Goldman Sachs já não antecipa uma recessão na Zona Euro
Os analistas do banco norte-americano colocam a economia do Euro a crescer 0,6% este ano e antecipam uma taxa de inflação de 3,25%, 125 pontos base abaixo da anterior previsão.
O Goldman Sachs acredita que a Zona Euro registará um crescimento “fraco” durante o primeiro trimestre, mas já “não antecipamos uma recessão técnica”, refere o banco norte-americano numa nota enviada aos seus clientes.
A avaliação em alta da economia da moeda única deve-se “a uma dinâmica de crescimento mais resistente no final do ano passado, a uma descida rápida dos preços do gás e a uma precoce reabertura da China”, refere a equipa de analistas do banco liderada por Sven Jari Stehn.
O Goldman Sachs antecipa agora um crescimento de 0,6% para a Zona Euro, quando antes previa um decréscimo da economia do Euro em 0,1%.
“Olhando para os Estados-membros, esperamos um crescimento mais fraco na Alemanha e Itália (que dependem mais da atividade industrial intensiva de energia) do que em França e Espanha (que têm fontes de energia mais diversificadas e são relativamente mais intensivas no setor dos serviços)”, lê-se no relatório.
Nas previsões para a inflação, o Goldman Sachs acredita que a taxa de inflação no espaço da moeda única já atingiu o pico, prevendo agora que “a inflação na zona euro termine o ano em torno de 3,25% (em comparação com 4,5% antes)”.
Os analistas do banco norte-americano anteveem também que a inflação core abrande para 3,3% este ano devido ao arrefecimento dos preços dos bens, “mas vemos uma pressão ascendente contínua sobre a inflação dos serviços devido ao aumento dos custos laborais”.
O Goldman Sachs antecipa também que tanto na reunião de fevereiro como na reunião de março o Banco Central Europeu (BCE) aumente as taxas diretoras do euro em 50 pontos base, e depois abrande o ritmo de subida de taxas, realizando um último incremento de 25 pontos base até chegar aos 3,25% em maio.
“A perspetiva de crescimento da economia mais forte [que o esperado] reforça a nossa opinião de que é pouco provável que o BCE comece o corte as taxas de juro antes do quarto trimestre de 2024.”
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