Scholz convicto de que Alemanha evitará recessão em 2023
O chanceler alemão considera que o país e a Europa mostraram ser capazes de reagir à paralisação total do fornecimento de gás russo, considerando que foram "bem-sucedidos".
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse esta terça-feira que está convencido de que a maior economia europeia não irá cair numa recessão, apesar do aumento dos preços da energia e dos alimentos na sequência da invasão russa da Ucrânia.
“Estou absolutamente convencido de que isto não vai acontecer“, afirmou Scholz, em entrevista à Bloomberg TV, dias depois de a agência federal de estatística da Alemanha (Destatis) revelar que, embora o crescimento económico do país tenha estagnado no último trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% no conjunto de 2022 face ao ano anterior e 0,7% em relação a 2019.
Para o líder do Governo alemão, a Europa mostrou que é capaz “de reagir a uma situação muito difícil”. “Penso que ninguém esperava realmente que sobrevivêssemos facilmente a uma situação em que houvesse uma paragem total do fornecimento de gás russo à Alemanha e à Europa. Mas fomos bem-sucedidos”, declarou.
Scholz disse ainda que está “bastante otimista” de que Berlim chegará a um acordo com Washington para evitar uma guerra comercial por causa do plano de subvenções norte-americano. “Estamos agora a discutir com o Governo e com todos os decisores políticos dos Estados Unidos que não deveria acontecer que os regulamentos (da Lei da Redução da Inflação) sejam contra os parceiros europeus”, explicou.
A Lei da Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês) é um plano de investimentos dos EUA, na ordem dos 430 mil milhões de dólares, dos quais 370 mil milhões são destinados ao desenvolvimento de tecnologias verdes. Esta regulação, que entrou em vigor em agosto de 2022, tem por objetivo reduzir os custos para os norte-americanos, abrangendo, por exemplo, investimentos no setor da energia e subsídios para veículos elétricos, baterias e projetos de energia renovável.
Entendendo que a IRA privilegia os produtos fabricados do outro lado do Atlântico, os líderes europeus comprometeram-se, numa cimeira em Bruxelas em dezembro, com uma resposta “rápida” e “forte” ao plano contra a inflação e crise energética promulgado no passado verão pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, tendo encarregado a Comissão Europeia de trabalhar em soluções, a serem discutidas num Conselho Europeu agendado para 9 e 10 de fevereiro.
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