Scholz quer manter aberta a linha de comunicação com Putin. Kremlin responde que está aberto ao diálogo
"Vou voltar a falar ao telefone com Putin, porque é necessário falarmos uns com os outros", disse Scholz, em declarações ao jornal alemão Tagesspiegel.
O chanceler alemão Olaf Scholz quer manter aberta a linha de comunicação com o Presidente russo Vladimir Putin, avança a agência de notícias EFE citando uma entrevista publicada hoje.
“Vou voltar a falar ao telefone com Putin, porque é necessário falarmos uns com os outros”, disse Scholz, em declarações ao jornal alemão Tagesspiegel de Berlim, acrescentando que as conversações tidas até ao momento não são em “tom indelicado”, mas Putin mantém a posição “inaceitável” de incorporar à força partes da Ucrânia na Rússia.
Scholz acrescentou que nessas conversas se discutem também problemas específicos, tais como a exportação de cereais ucranianos ou a segurança da central nuclear de Zaporijia, apesar de regressarem “sempre à questão central” da guerra e de como sair da atual situação.
Para Scholz, cabe a Putin retirar as tropas da Ucrânia e pôr fim a uma guerra “terrivelmente absurda” que já destruiu “centenas de milhares de vidas”. O chanceler salientou também que não permitirá uma escalada que conduza a uma guerra entre a Rússia e a NATO, garantindo que este é um ponto sobre o qual existe consenso no seu governo.
As declarações de Scholz surgem numa altura em que o chanceler participa numa visita oficial pela América Latina, que se iniciou no sábado.
O Kremlin respondeu que Vladimir Putin continua aberto a contactos com o homólogo alemão, Olaf Scholz, na sequência das declarações do chanceler alemão que se mostrou disponível para voltar a falar telefonicamente com o líder russo.
“Putin tem estado e continua aberto a contactos”, disse o porta-voz do Presidencial russo, Dmitry Peskov, citado pela agência de notícias espanhola EFE, acrescentando que até ao momento, não foram agendadas quaisquer conversações com Scholz.
A última conversa entre os dois líderes ocorreu há quase dois meses, a 02 de dezembro de 2022, numa conversa telefónica que durou cerca de uma hora, tempo que terá servido para Scholz pedir a Putin uma solução diplomática para a situação na Ucrânia e que retirasse as tropas daquele país, informou Berlim na ocasião.
(notícia atualizada às 12h10 com reação do Kremlin)
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