É cliente da Meo ou Nos? Preços sobem 7,8% a partir desta quarta-feira
Mensalidades da Meo e da Nos vão subir em cerca de 7,8% a partir desta quarta-feira, em linha com a taxa média anual de inflação registada em 2022. Preços da Vodafone sobem também, mas a 1 de março.
Os preços das telecomunicações em Portugal vão começar a subir a partir desta quarta-feira, com os clientes da Meo e da Nos a serem os primeiros a sentir o impacto das atualizações. No geral, as mensalidades vão ficar mais caras em 7,8%, uma taxa equivalente à taxa média anual de inflação apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) ao longo de 2022. Para os clientes da Vodafone, os serviços só serão atualizados a 1 de março. A par dos aumentos desta quarta-feira, a Anacom prepara-se para anunciar medidas cujo teor ainda é desconhecido.
A Altice Portugal foi a primeira a anunciar que os preços iriam subir a partir de fevereiro. Numa nota disponibilizada no site da operadora Meo, é referido que “os preços das mensalidades em vigor a partir de 1 de fevereiro de 2023” serão “atualizados por aplicação do Índice de Preços no Consumidor relativo ao ano civil de 2022” no “valor de 7,8%”. A empresa estipula ainda um aumento mínimo de 50 cêntimos, que, na maioria dos casos, será irrelevante, dado que a subida será superior (pode consultar aqui os novos preços).
A Nos também refere no seu site que “ira atualizar o preço dos serviços em 7,83%”, de acordo com a inflação apurada em 2022. “Esta atualização incide apenas sobre as mensalidades dos serviços, mantendo-se inalteradas quaisquer outras tarifas dos serviços. Os novos preços entrarão em vigor a 1 de fevereiro de 2023 e cada cliente pode consultar a sua atualização específica”, refere a empresa, que disponibilizou uma ferramenta para que os clientes possam obter informação específica sobre o aumento de preços (basta escolha o tipo de cliente e introduzir os dados solicitados)
Dentro de um mês, será a vez dos clientes da Vodafone. A empresa também confirmou que realizará a partir de 1 de março um aumento de até 7,8%. Em contrapartida, a Nowo garantiu que não tenciona aumentar os preços, mas importa referir que a operadora foi alvo de uma oferta de aquisição por parte da Vodafone, que está em avaliação no seio da Autoridade da Concorrência (AdC).
Estes aumentos dão-se no contexto da subida generalizada dos preços que, segundo as operadoras, têm resultado em aumentos de custos. A Meo destaca o “aumento dos custos com energia” e “equipamentos” e a Nos fala em “agravamento de custos, nomeadamente os de energia, de transporte, de equipamentos de rede e até dos serviços prestados pelos seus fornecedores”.
Em outubro do ano passado, a Anacom veio apelar às operadoras que avaliassem e mitigassem “o impacto das revisões de preços sobre as famílias” e que considerassem “o impacto das suas políticas de preços” sobre os consumidores, que “enfrentam um aumento do custo de vida sem precedentes na história recente”.
Com as empresas a aumentarem os preços no valor equivalente ao da inflação, como está previsto na maioria dos contratos, a Anacom convocou para esta quarta-feira de manhã, às 11h, uma conferência de imprensa “sobre os aumentos de preços dos serviços de comunicações eletrónicas anunciados para este ano”. O regulador não revelou mais detalhes sobre o que planeia anunciar, mas poderão estar na calha medidas com caráter diferente do que a mera recomendação.
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