3,5 milhões de pessoas na UE ficaram sem emprego no 3.º trimestre de 2022. Fim do contrato de trabalho é o principal motivo
O fim do contrato de trabalho a termo foi principal motivo mencionado para justificar a transição para o desemprego.
Entre julho e setembro do ano passado, 3,5 milhões de pessoas na União Europeia, entre os 25 e os 54 anos, ficaram sem emprego. Independentemente do nível de educação, mais de metade dos profissionais apontam o fim do contrato de trabalho a termo como o principal motivo para a transição para uma situação de desemprego, revelam os dados publicados pelo Eurostat esta quinta-feira.
“Mais de dois terços das pessoas que ficaram, recentemente, sem emprego (68,9%) deixaram-no por razões inerentes ao mercado de trabalho, o que se traduz no fim de um contrato de trabalho a termo, despedimento ou encerramento da empresa por razões económicas”, pode ler-se no documento.
Este conjunto de motivos, embora tenha sofrido uma queda de 3,2 pontos percentuais comparativamente ao período homólogo, representa a maior fatia no que toca ao motivo de ficar sem emprego, sobretudo entre os profissionais com níveis de educação mais baixos (74,6%). Seguem-se os que possuem altos níveis de ensino (67,8%) e médios (66,2%).
O fim do contrato de trabalho a prazo é, contudo, a principal razão mencionada para ter ficado sem emprego entre julho e setembro do ano passado. Mais de metade destes profissionais (53,1%) viu-se obrigada a deixar o seu trabalho por este motivo, o que representa, ainda assim, uma diminuição de 3,9 pontos percentuais em comparação com o mesmo trimestre de 2021 (57%).
Esta justificação representa a maior fatia em todos os níveis de educação, ainda que tenha afetado mais significativamente os profissionais com baixos níveis de escolaridade (57,1%), seguidos daqueles que têm elevados níveis de educação (56,3%) e um nível considerado médio (47,5%).
Despedimento ou fecho da empresa
A segunda causa mais comum para deixar o trabalho foi o ‘despedimento ou o encerramento da empresa por razões económicas’, um motivo que abrangeu 545 mil pessoas (15,8% dos trabalhadores que abandonaram recentemente o emprego, contra 15,1% no terceiro trimestre de 2021).
Deixar o emprego por ‘outras razões’ foi o terceiro motivo mais mencionado, afetando 478 mil pessoas (13,9%), seguido da ‘educação ou motivos pessoais’ (311 mil pessoas; 9%) e ‘motivos familiares, de doença ou reforma’ (283 mil pessoas; 8,2%).
Comparando com o período homólogo, é de salientar ainda o aumento de 1,9 pontos percentuais (de 246 mil para 311 mil pessoas) do peso de deixar o emprego devido a ‘educação ou motivos pessoais’, o que engloba de cuidar de amigos, querer mais tempo livre, não precisar de trabalhar, viajar, mudar de local de residência, entre outros. Este aumento foi mais pronunciado entre aqueles que possuem um baixo nível de educação (2,6 pontos percentuais, para 5,9%) e aqueles com um elevado nível de educação (2,5 pontos percentuais, para 10,8%).
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