Seguradoras aumentaram 39% os lucros em 2022 para 900 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 27 Fevereiro 2023

As companhias supervisionadas pela ASF aumentaram os resultados líquidos para 900 milhões de euros em 2022. Os prémios emitidos superaram 12 mil milhões.

As companhias supervisionadas pela ASF aumentaram os resultados líquidos para 900 milhões de euros em 2022. Os prémios emitidos ficaram acima dos 12 mil milhões. A solvência reduziu mas a rentabilidade bateu recorde.

Os dados foram publicados esta segunda-feira no REAS – Relatório trimestral de Evolução da Atividade Seguradora – 4.º Trimestre 2022, pela ASF , entidade supervisora do setor. Inclui os dados agregados de cerca de 70 seguradoras, entre as de direito português e as sucursais de seguradoras estrangeiras com sede na União Europeia e estabelecidas em Portugal.

Os resultados líquidos de todas as seguradoras atingiram os 900 milhões de euros, um valor superior em 39% ao registado em 2021 e o dobro do verificado em 2020 no ano da pandemia. Em rentabilidade líquida sobre o volume de prémios, o rácio subiu de 3,5% em 2021 para 7,5% no ano passado.

Os Indicadores mais significativos salientados pela ASF no Relatório são:

O rácio provisório de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) do conjunto das empresas sob supervisão prudencial da ASF foi, no final de 2022, de 202%, o que representa uma diminuição de cinco pontos percentuais face ao final de 2021.

No mesmo período, o rácio provisório de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) do mesmo conjunto de empresas registou uma diminuição de 48 pontos percentuais, situando-se em 528%. Para ambos os indicadores o nível 100% é o mínimo.

Em dezembro de 2022, o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros totalizou 50,2 mil milhões de euros, o que representa um decréscimo de 2,2% face ao final do ano anterior.

A produção global do mercado de seguro direto, relativa à atividade em Portugal, ficou em 12 057 milhões de euros no ano de 2022. O ramo Vida faturou 6.019 milhões de euros enquanto os ramos Não Vida apresentaram um crescimento de 7,4%. (para 6.037 milhões de euros).

Os custos com sinistros do ramo Vida decresceram para 6 379 milhões de euros explicado pelo facto de, nos dois últimos anos, ter ocorrido um volume elevado de vencimentos de contratos de seguros financeiros, pouco usual face aos valores habituais.

A produção dos ramos Não Vida do total do mercado ultrapassou 6.037 milhões de euros, mais 416 milhões que em igual período do ano anterior.

A produção de seguro direto de Acidentes de Trabalho apresentou um crescimento de 6,4% face aos valores do trimestre homólogo de 2021. Os custos com sinistros diminuíram 13,6 % face a 2021 e o rácio de sinistralidade “Custos com Sinistros / Prémios Brutos Emitidos” diminuiu 13,8 pontos percentuais, situando-se em 59,9%.

A produção de seguro direto do ramo Saúde/Doença apresentou um aumento de 11,9% face ao quarto trimestre de 2021. Os custos com sinistros aumentaram 11,5%, tendo o rácio de sinistralidade “Custos com Sinistros / Prémios Brutos Emitidos” diminuído 0,2 pontos percentuais, situando-se em 71,9%.

A produção de seguro direto do ramo Incêndio e Outros Danos cresceu 7,3%, face ao trimestre homólogo do ano anterior. Verificou-se que praticamente todas as modalidades apresentaram um acréscimo nos prémios brutos emitidos, das quais se destacam as modalidades de Riscos Múltiplos Habitação e Comerciantes (7,4% e 11,7%, respetivamente), que no conjunto detêm um peso no cômputo do ramo de 74,7%.

No ramo Automóvel, os prémios brutos emitidos de seguro direto registaram uma variação positiva de 3,8% face a dezembro de 2021. O rácio de sinistralidade “Custos com Sinistros / Prémios Brutos Emitidos” do mesmo período aumentou cerca de 2,7 pontos percentuais, situando-se em 69,8%.

Houve um decréscimo de 0,2% do valor total das provisões técnicas face ao final do ano para 42.856 milhões de euros. As provisões técnicas apenas afetas a seguros PPR ascendiam a cerca de 15,7 mil milhões de euros, valor que representa uma redução de 3,4% face ao final do ano:

Na carteira de investimentos das seguradoras, o valor total dos ativos diminuiu no período para 50.237 milhões de euros. Esta evolução resultou essencialmente do decréscimo do valor das obrigações de dívida privada e dos fundos de investimento. Os instrumentos de dívida mantêm-se predominantes, com um peso relativo semelhante ao verificado no final de 2021, apesar da redução do montante investido de 2,1%, representando 63,3% do total dos ativos. Estes instrumentos representavam 83,9% das carteiras de investimento dos seguros de Vida Não Ligados e 59,1% das carteiras de investimento dos ramos Não Vida.

O relatório completo pode ser visto aqui .

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