Governo quer manter participação acionista na TAP privatizada
"Se temos de ter menos ou mais [participação no capital], depende de quem será o outro sócio" na companhia aérea, referiu o primeiro-ministro na Assembleia da República.
António Costa abriu esta quarta-feira a porta para que o Estado mantenha uma participação na TAP depois da reprivatização. “Se temos de [ter] menos ou mais, depende de quem será o outro sócio”, atirou o primeiro-ministro, respondendo às perguntas dos deputados no debate sobre política geral, na Assembleia da República.
O primeiro-ministro respondia ao líder da bancada do PSD, recordando que “em 2015 [o Estado] recomprou aos privados 50% do capital, tendo mantido a gestão privada” e que “assim se manteve a gestão privada até que, em plena crise do Covid, a empresa teve necessidade de forte injeção de capital — e o único em condições de entrar foi o Estado”.
“Aquilo que vamos fazer é o que sempre dissemos. Esta intervenção é suplementar e vamos reprivatizar [a TAP] na medida do estritamente necessário. Não é para gerir a TAP no dia-a-dia, mas é para assegurar os objetivos estratégicos do país”, incluindo a “ligação territorial com regiões autónomas” e o assegurar do “hub estratégico”, assegurou Costa.
O primeiro-ministro defende ainda que a companhia aérea “será aquilo que deve ser”, nomeadamente, concretizou, com o fim de “manter uma reserva estratégica pública”.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, também já tinha salientado, na conferência de imprensa em que anunciou a exoneração da CEO da TAP, que tem “a plena confiança de que a TAP prosseguirá com sucesso o caminho do seu plano de reestruturação, o caminho da sua sustentabilidade futura, que passará pela privatização de uma parte do seu capital”.
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