Preço do cabaz de bens essenciais cai quase 9 euros. É a primeira vez que baixa em três semanas
Cálculos da Deco mostram que preço de um cabaz de 63 bens alimentares recuou para menos de 230 euros na última semana. Preços subiam há três semanas consecutivas.
Depois de três semanas consecutivas a subir, o preço do cabaz de bens essenciais baixou 8,70 euros e custa agora 226,15 euros, o que representa um decréscimo de 3,70% face ao valor recorde de 234,84 euros, registado na semana passada, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).
Ainda assim, comparando com o preço de há um ano, quando custava 192,28 euros, o cabaz alimentar está 17,61% mais caro. E se a comparação for feita com a véspera do início da guerra na Ucrânia (23 de fevereiro de 2022) o cabaz alimentar encareceu 42,52 euros, o que equivale a um aumento de 23,16%.
Entre 15 e 22 de março, o carapau foi o produto cujo preço mais aumentou: em 15 de março, um quilo deste peixe custava 3,79 euros, enquanto na quarta-feira já custava 5,44 euros, o que traduz uma subida de 43% no espaço de uma semana. Seguem-se o iogurte líquido de morango (subiu 16%); o atum posta em azeite (13%); flocos de cereais e atum posta em óleo vegetal (ambos 10%); farinha para bolos e dourada (ambos 6%); cenoura, massas espirais e salsichas Frankfurt (4% cada).
Já desde a véspera do início da invasão russa e esta quarta-feira, os laticínios e a carne foram as categorias de produtos que mais aumentaram de preços – respetivamente, dispararam 29,26% (mais 3,36 euros, para 14,83 euros) e 26,21% (mais 8,45 euros, para 40,69 euros).
Depois, surge a categoria de frutas e legumes, que aumentou 24,87% (mais 5,87 euros), totalizando os 29,47 euros; da mercearia, que disparou 23,53% (mais 9,92 euros) para 52,06 euros; do peixe, que subiu 21,80% (mais 13,15 euros) para 73,46 euros; e, por fim, dos congelados, cujo aumento foi de 12,84% (mais 1,78 euros) para 15,62 euros.
A inflação desacelerou para 8,2% em fevereiro, que foi o quarto mês consecutivo de abrandamento de preços. Contudo, a taxa de inflação dos produtos alimentares não transformados voltou a aumentar pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se em 20,09%. É o valor mais elevado em 38 anos, sendo que desde há nove meses que os preços dos alimentos estão nos dois dígitos.
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