Cabaz de bens essenciais dispara quase 43 euros no primeiro ano de guerra
Por categorias de produto, as frutas e legumes lideram as subidas, com uma cesta destes produtos a disparar mais de 30% desde o início da guerra (mais 7,21 euros) para 30,81 euros.
No primeiro ano de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o preço de um cabaz de produtos essenciais disparou quase 43 euros, o que representa uma subida de 23,4%, face ao período homólogo, superando já os 226 euros, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO).
A invasão russa à Ucrânia veio acelerar ainda mais a subida de preços da energia. Em conjunto com os preços altos das matérias-primas, a conjuntura tem vindo a passar a fatura às famílias portuguesas na hora de ir ao supermercado.
“Entre 23 de fevereiro de 2022 e 22 de fevereiro de 2023, o preço de um cabaz de alimentos essenciais aumentou 23,40%, representando agora uma despesa adicional de 42,97 euros para as famílias, que têm de gastar 226,60 euros para abastecer a despensa“, adianta a associação, com base na monitorização feita a 63 produtos alimentares.
Evolução do preço do cabaz de bens essenciais:
Por categorias de produto, as frutas e legumes lideram as subidas, com uma cesta destes produtos a disparar mais de 30% desde o início da guerra (mais 7,21 euros) para 30,81 euros. Seguem-se os laticínios, que disparam 25,33% (mais 2,91 euros) para 14,38 euros; a mercearia que disparou 24% (mais 10,11 euros) para 52,26 euros; a carne que aumentou 23,4% (mais 7,55 euros) para 39,79 euros; o peixe que aumentou 22,23% (mais 13,41 euros) totalizando já os 73,72 euros; e, por fim os congelados, cujo aumento foi de 12,95% (mais 1,79 euros) para 15,64 euros.
Certo é que, de semana para semana, os preços destes produtos variam, aumentando ou reduzindo o custo total do cabaz. Na última semana analisada — de 15 a 22 de fevereiro — os três produtos com maiores aumentos foram a curgete (19%), a couve-coração (11%) e as salsichas Frankfurt (12%). Já os produtos que subiram mais de preço desde o início da guerra foram a couve-coração (92%), o arroz carolino (76%) e a polpa de tomate (73%).
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